/

AS Roma vs FC Porto | Tudo em aberto

Riccardo Antimiani / EPA

O FC Porto saiu vivo e bem vivo do Olímpico de Roma. Perante uma formação italiana que não dominou, mas rematou bastante, os “dragões” estiveram a perder por 2-0, mas mostraram carácter na hora de reagir.

Os dragões reduziram de pronto e terminaram o jogo em cima dos anfitriões, em busca de um empate que desse ainda maiores possibilidades de passagem.

O golo de Adrián López, em cima ao minuto 79, abre boas perspectivas para os portugueses na segunda mão.

O Jogo explicado em Números

  • Início de jogo muito movimentado no Olímpico de Roma. No primeiro quarto-de-hora o encontro esteve muito equilibrado, com ligeiro ascendente do Porto em termos de posse de bola (52%). Contudo, nenhuma equipa registava remates.
  • O primeiro remate do encontro, e logo enquadrado, aconteceu apenas aos 27 minutos e para a Roma, por Lorenzo Pellegrini, com Iker Casillas a encaixar. A meia-hora chegou sem ocasiões de golo e a Roma a trocar a bola sem arriscar, com o Porto a manter o tal ascendente, sem mostrar medo do seu adversário.
  • Héctor Herrera ia-se destacando dos demais nesta fase, com um rating de 5.6. O mexicano era o jogador mais em jogo, com 30 acções com bola, 89% de eficácia de passe e já dois desarmes.
  • O primeiro momento de grande emoção aconteceu aos 37 minutos. O goleador da Roma, Edin Dzeko, trabalhou bem na esquerda da área, tirou Éder Militão da frente e rematou potente, com a bola a embater com estrondo no poste direito da baliza de Casillas. Nesta altura, os romanos registavam já quatro disparos, dois enquadrados, os “dragões” somente um, e com boa direcção.
  • Melhor a Roma nos duelos individuais, com 59% ganhos perto do intervalo. As duas formações, contudo, apresentavam eficácias de passe modestas, 77% do lado italiano, 79% do português.
  • Primeira parte de algum equilíbrio em Roma, expresso no nulo verificado ao descanso. Os homens da casa remataram mais e até acertaram no ferro, por Dzeko, mas os portistas até tiveram mais bola, não conseguindo, contudo, importunar verdadeiramente Antonio Mirante.
  • O melhor em campo ao intervalo era Alessandro Florenzi. O lateral-direito da Roma registava um GoalPoint Rating de 6.0, muito por culpa do seu acerto defensivo, registando três desarmes e duas intercepções, para além de quatro recuperações de posse.
  • O Porto entrou mais acutilante no ataque no segundo tempo e, aos 57 minutos, quase marcou. Alex Telles cobrou um canto da direita, Danilo Pereira saltou mais alto que todos e cabeceou, com a bola a sair rente ao poste esquerdo de Mirante. A melhor ocasião do “dragão” até ao momento.
  • A hora de jogo chegou com a Roma a registar um pouco mais de posse de bola no segundo tempo (51%) e mais remates (3-1) desde o intervalo, mas sem criar verdadeiro perigo, apesar de Pellegrini ter testado a atenção de Casillas aos 66 minutos, com o guardião a realizar uma grande defesa.
  • A Roma começava a aproximar-se da baliza portista com algum perigo, até que acabou mesmo por marcar, aos 70 minutos. Dzeko dominou bem na grande área, serviu Nicolò Zaniolo e este rematou cruzado, muito colocado, sem hipótese para Casillas. Um golo ao décimo remate transalpino no jogo, sexto enquadrado.
  • Os “dragões” estavam a sentir dificuldades para atacar, visto que a formação da casa continuava sem arriscar muito e acabou por se fechar ainda mais após o golo. E aos 76 minutos, numa transição rápida, os anfitriões ampliaram a vantagem. Dzeko ganhou espaço na zona central, rematou colocado, mas ao poste, e na recarga, Zaniolo atirou para o seu bis na noite.
  • Mas o “dragão” reagiu. Uma bola longa chegou ao recém-entrado Adrián López, que serviu Tiquinho Soares. O remate deste saiu muito enrolado e chegou ao avançado espanhol, que não desperdiçou a oportunidade, aos 79 minutos. O tento portista surgiu ao quarto remate, segundo enquadrado. Um momento importante e potencialmente decisivo na eliminatória.
  • Esperava-se uma Roma mais afoita para voltar a ampliar a vantagem, mas o jogo prosseguiu até final mais com o Porto a procurar o empate do que os italianos de um resultado mais seguro para a segunda mão, chegando mesmo aos 63% de posse no segundo tempo.

O Homem do Jogo

O FC Porto acabou em cima da Roma, à procura do empate que, contudo, não conseguiu alcançar, mas até esta altura houve um jogador que esteve um nível acima dos demais. Antes da reacção portista, o italiano Nicolò Zaniolo esteve endiabrado, sendo ele o autor dos dois golos romanos.

O extremo-direito terminou com um GoalPoint Rating de 7.1, não só pelos tentos, mas também pelos três remates que realizou, todos enquadrados, pelo passe para finalização que fez e os dois dribles que concluiu em quatro tentativas.

Jogadores em foco

  • Adrián López 6.6 – O espanhol começou o jogo no banco, entrou aos 68 minutos e talvez tenham sido poucos aqueles que imaginaram a importância que acabaria por ter no desafio. O pequeno avançado fez o golo que o Porto leva para a segunda mão no Dragão e foi o melhor dos “azuis-e-brancos”, realizando ainda três passes para finalização e completando os 13 passes que fez.
  • Lorenzo Pellegrini 7.0 – Um dos jogadores mais perigosos da Roma ao longo de todo o jogo. O médio rematou quatro vezes e enquadrou três desses disparos, completou três de quatro tentativas de drible e somou o número máximo de passes para finalização, nada menos que cinco. E ainda registou oito recuperações de posse.
  • Alex Telles 6.4 – O lateral-esquerdo brasileiro, que já jogou em Itália, pelo Inter, esteve em excelente plano. Para além de um passes para finalização, realizou seis cruzamentos (todos sem eficácia) e esteve muito bem na retaguarda, com 13 acções defensivas, entre elas quatro desarmes.
  • Iker Casillas 6.3 – O espanhol ligou o “chip Champions”. No seu palco predilecto, o guarda-redes esteve em grande plano, nada podendo fazer para evitar os tentos transalpinos. Perante os muitos remates contrários – nove deles enquadrados -, Casillas realizou sete defesas, cinco a remates dentro da grande área, numa demonstração de reflexos e agilidade.
  • Edin Dzeko 6.1 – Um quebra-cabeças, não só pelo perigo que representa em função da facilidade com que remata, mas também pela forma como faz rodar o jogo da Roma e guarda a bola à espera dos companheiros de equipa. O bósnio somou três remates (um enquadrado), uma assistência, completou dois de quatro dribles, ganhou os três duelos aéreos defensivos em que participou e três de sete ofensivos.

Resumo

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.