As mulheres envelhecem mais depressa nas casas dos 30 e 50 anos

Na fase dos 30 e dos 50 anos, as mulheres envelhecem mais depressa, provavelmente devido a mudanças hormonais que têm lugar durante o parto ou durante a menopausa.

São estas as conclusões de um estudo que olhou para diferentes marcadores físicos e moleculares para perceber melhor porque é que o envelhecimento não é uniforme nos seres humanos — para lá dos fatores que o influenciam como o stress e o tabagismo.

Depois de recolher amostras de sangue, fezes e urina de 113 mulheres chinesas, com idades compreendidas entre os 20 e os 66 anos sem condições médicas relevantes, o estudo concluiu que as participantes na casa dos 30 e 50 demonstram uma taxa mais rápida de envelhecimento.

Verificou-se também — como se havia de esperar — que as mulheres com dietas mais equilibradas, abundantes em frutas e grãos eram mais “jovens” biologicamente do que as suas idades cronológica.

Curiosamente, as participantes com idade acima dos 45 anos que estavam em terapia de substituição hormonal, destinada ao tratamento de sintomas da menopausa, evidenciaram um envelhecimento mais lento do que as restantes participantes.

“Estes resultados indicam que a velocidade do envelhecimento feminino pode ser, pelo menos parcialmente, regulado pelo sistema de regulação de hormonas”, disse Weiqi Zhang do Instituto de Genómica da China, de acordo com a New Scientist, sublinhando que são necessárias mais investigações para confirmar as suspeitas do novo estudo.

Para obtenção de resultados mais eficazes, as amostras foram complementadas de fotografias faciais e da análise da expressão dos genes e proteínas dos participantes, mas ainda de questões individuais acerca da dieta e estilo de vida das inquiridas.

Mais de 100 precisas medições clínicas, entre as quais peso, altura, pressão sanguínea, capacidade pulmonar e força também foram executadas pela equipa de Zhang para compor o relógio biológico das mulheres.

Ao longo dos anos, várias formas de medição do envelhecimento têm sido testadas pelos cientistas, entre as quais a medição de telómeros — pedaços de ADN que protegem o fim dos cromossomas — nas células. Outras formas incluem a análise das dimensões faciais a a expressão dos marcadores genéticos do ADN.

ZAP //

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