As empresas dos EUA já podem subornar governos estrangeiros

EDWARD M. PIO RODA/EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que suspende uma lei que proíbe as empresas norte-americanas de pagarem subornos a governos estrangeiros.

A partir de agora, não só é mais fácil como também é legal as empresas dos EUA subornarem governos estrangeiros.

Isto porque Donald Trump suspendeu a lei que impedia este tipo de suborno.

A decisão, promulgada na segunda-feira, também congela os processos criminais contra os norte-americanos acusados de violar a lei, que está em vigor desde 1977.

Aos jornalistas no Salão Oval da Presidência dos Estados Unidos, Trump argumentou que a decisão traria “muito mais negócios para os EUA”.

O Governo defende que a segurança nacional depende das empresas norte-americanas obterem “vantagens comerciais estratégicas em todo o mundo”.

Trump está a “impedir a aplicação excessiva e imprevisível que torna as empresas norte-americanas menos competitivas”, disse a Presidência.

A Lei de Práticas de Corrupção no Estrangeiro (FCPA, na sigla em inglês) proíbe geralmente pagamentos ligados à corrupção de autoridades estrangeiras em troca da obtenção ou manutenção de negócios.

O parlamento dos Estados Unidos promulgou a FCPA em resposta a uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários, o regulador do mercado financeiro, após o escândalo Watergate, que levou à queda do Presidente Richard Nixon (1969-1974).

A investigação revelou que as empresas norte-americanas gastaram centenas de milhões de dólares a subornar autoridades estrangeiras para garantir negócios no estrangeiro, disse o Serviço de Investigação do Congresso.

Trump traz de volta palhinhas de plástico

Também nesta segunda-feira, Donald Trump assinou uma ordem executiva para o regresso das palhinhas de plástico, afirmando que as de papel “não funcionam” e não duram muito tempo.

“É uma situação ridícula. Vamos voltar às palhinhas de plástico”, assegurou Trump, quando assinou a ordem executiva para rever as políticas federais de compras que restringem as palhinhas de plástico.

A medida do Presidente dos EUA, que há muito critica os canudos de papel e chegou a vender na campanha de reeleição de 2019 palhinhas de plástico da marca Trump, visa uma política da administração Biden para eliminar gradualmente as compras federais de plásticos descartáveis para as operações de serviços de alimentação, eventos e embalagens até 2027, e de todas as operações federais até 2035.

Numa publicação nas redes sociais durante o fim de semana, Donald Trump declarou a política do ex-presidente Joe Biden “Morta!”

Apesar dos alertas de que o plástico polui os oceanos e prejudica a vida marinha, Trump considera que “não há problema” em continuar a usá-lo.

Não creio que o plástico afete muito os tubarões“, disse o presidente.

ZAP // Lusa

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