O artista Pablo Carlos Budassi criou uma extraordinária imagem radial com o conceito artístico, numa escala logarítmica, de todo o universo observável, com o nosso sistema solar no centro.
Além do Sol, da Terra e dos planetas do sistema solar, é possível reconhecer na imagem a Cintura de Kuiper, a Nuvem de Oort, a estrela Alpha Centauri, o Braço de Perseus da Via Láctea, a galáxia de Andrómeda e outras galáxias próximas.
A imagem inclui ainda representações da teia cósmica e da radiação cósmica de micro-ondas, tudo englobado num anel com o plasma invisível produzido pelo Big Bang.
A ilustração, criada pelo músico e artista sul-americano Pablo Carlos Budassi, foi baseada em mapas logarítmicos do universo reunidos por investigadores da Universidade de Princeton, nos EUA, e em imagens produzidas pela NASA com base em observações feitas pelos seus telescópios e sondas espaciais.
A equipe de Princeton, liderada pelos astrónomos J Richard Gott e Mario Juric, baseou os seus mapas logarítmicos do universo em dados do Sloan Digital Sky Survey, que ao longo dos últimos 15 anos varreu o céu com um telescópio grande angular localizado no Novo México, EUA.
Os dados recolhidos por Gott r Juric permitiram criar as mais detalhadas representações já feitas do universo, incluindo mais de 3 milhões de objectos astronómicos.
Um logaritmo dá uma grande ajuda
Os mapas logarítmicos são uma forma útil de visualizar algo que seja tão inconcebivelmente grande como o universo observável.
A escala logarítmica usa o logaritmo de uma grandeza em vez da grandeza propriamente dita. Neste mapa, cada incremento nos eixos aumenta uma ordem de grandeza, ou seja, um factor de 10.
Isso significa que 1 cm no centro da imagem representa uma dada distância no Universo, e que o cm adjacente no mesmo raio, mais afastado do centro, representa uma distância 10 vezes superior, a assim consecutivamente.
Embora valiosos, os mapas logarítmicos não são muito agradáveis de se ver, pelo que Budassi decidiu transformar essas informações em algo um pouco mais palpável.
A ideia de criar a visualização num círculo gigante ocorreu a Budassi enquanto fazia hexaflexágonos para o primeiro aniversário do seu filho.
Hexaflexágonos são polígonos de papel com um número aparentemente grande de superfícies.
“Estava a desenhar hexaflexágonos – eram uma prenda de lembrança para o aniversário do meu filho – e comecei a desenhar pontos de vista centrais do cosmos e do sistema solar”, contou Budassi ao Tech Insider.
Nesse dia, surgiu-lhe a ideia de uma visão logarítmica. A seguir, Budassi usou o Photoshop, imagens da NASA e algumas texturas de criação própria para chegar ao formidável resultado final que obteve.
ZAP / Hypescience
Somos todos um.
Isto é mais uma prova de que o universo não surgiu de dentro para fora (com o big bang) e sim de fora para dentro (sem o big bang). Ver detalhes em: http://www.olhandoouniverso.blogspot.com
Surgir de dentro para fora (com o big bang) seria impossível toda a matéria estar condensada num único ponto. Surgir de fora para dentro é mais lógico. Veja como lendo o blog.