Clara Amit / Israel Antiquities Authority
Uma cabeça de barro, com quase 3.000 anos, pode ser uma representação rara de Javé, o Deus dos israelitas.
Uma cabeça feita de barro, encontrada no famoso sítio arqueológico de Khirbet Qeiyafa, em Israel, pode ser uma rara representação de Javé, o Deus dos Israelitas. O artefacto, com quase 3 mil anos, foi encontrado por uma equipa de arqueólogos e o artigo científico com as descobertas foi publicado na Biblical Archaeology Review.
De acordo com a bíblia, a população foi proibida de criar representações para adorar. “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”, (Êxodo 20: 4).
Os arqueólogos acreditam que a cabeça de barro de cinco centímetros faz parte de uma estátua. Para o arqueólogo e líder da pesquisa, Yosef Garfinkel, a peça completa representava Javé em cima de um cavalo, uma vez que vários “relatos bíblicos falam de Javé a cavalgar nos céus”.
“Como a base do pescoço da figura está bem trabalhada, é provável que a cabeça estivesse presa a outro objeto, como um corpo”, escreveu Garfinkel, citado pelo Live Science.
No entanto, a teoria dos arqueólogos não foi aceite por todos. Cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, não concordaram com esta hipótese.
“Embora não possamos descartar a possibilidade de as cabeças humanas retratarem deuses, elas não têm marcas, símbolos ou atributos encontrados em figuras e representações visuais em todo o antigo Oriente. Além disso, pesquisas arqueológicas e históricas indicam que, há cerca de 3 mil anos, o Deus nem sequer era adorado na região, e além de não de que não era o único Deus de Israel”, escreveram.
E a próxima múmia feminina a ser encontrada é de Cleópatra. E o próximo osso antigo é o elo perdido. O que alguns arqueólogos encontram há de ser muito importante. É sempre bom criar expectativas aos seus investidores mas algumas afirmações roçam o ridículo. Como esta em que tudo aponta para o contrário.