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Arranca o concurso de acesso ao Ensino Superior. Cursos muito concorridos com mais 107 vagas

Bobo Boom / Flickr

A primeira fase de candidatura ao ensino superior começa esta quarta-feira e termina no início de agosto, com 50.860 vagas no concurso nacional de acesso, um total praticamente inalterado face a 2018.

Segundo dados oficiais, o número de vagas no concurso nacional de acesso deste ano é praticamente igual ao de 2018, quando foram a concurso 50.852 vagas. No total, contabilizando também os concursos locais de acesso, os lugares disponíveis são 51.568.

Em 2019, os candidatos têm 1.087 cursos à disposição nas universidades e politécnicos públicos e a expectativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) é que o número de candidatos seja semelhante ao de 2018.

“Face aos resultados dos exames nacionais já realizados é expectável que o número de candidatos às vagas colocadas a concurso seja também semelhante face ao ano anterior”, lê-se numa nota do MCTES.

Os cursos em que a procura em primeira opção por alunos com uma média de candidatura mais alta do que 17 valores em 2018 foi superior ao total de vagas que abriram estão obrigados a aumentar o número de vagas entre 5% a 15% para o ano letivo de 2019-2020, segundo uma decisão do MCTES, que deixou de fora os cursos de Medicina, que mantêm o ‘numerus clausus’ do ano passado.

Pode ficar a conhecer todas as vagas e as notas para todos os cursos através do ficheiro disponibilizado pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Onze cursos muito procurados abrem mais 107 vagas

De acordo com o MCTES, cinco cursos da Universidade de Lisboa e seis cursos da Universidade do Porto foram obrigados pelas novas regras a um aumento de 107 vagas para o próximo ano, quase todos na área da engenharia.

Entre os onze cursos que o fizeram, foi o de Engenharia Informática e Computação, na Universidade do Porto, que mais lugares abriu: 18 novas vagas, aumentando de 117 em 2018 para as 135 em 2019. Gestão, na mesma Universidade, também vai disponibilizar 17 novas vagas, passando das 115 para as 132.

Em Lisboa, Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico, foi o curso que mais lugares ganhou, abrindo no próximo ano letivo 92 vagas, mais 12 do que em 2018.

As novas regras implementadas obrigavam também a uma redução de vagas nos cursos que não tivessem qualquer candidato com uma nota de pelo menos 17 valores, o que levou a um reajuste de vagas que se traduziu em totais muito semelhantes ao ano anterior.

As instituições de Lisboa e Porto, que em 2018 foram sujeitas a um corte de 1.100 vagas em benefício das instituições do interior, perderam este ano, no conjunto, 40 vagas, de acordo com dados oficiais do MCTES, um total que resulta das 52 vagas eliminadas nas instituições de Lisboa e nas 12 ganhas pelas do Porto.

O Instituto Politécnico de Lisboa é a instituição que mais vagas perde, num total de 55, as mesmas que a Universidade do Porto abre a mais no próximo ano letivo. Mas nas duas maiores cidades do país é o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa que regista o maior aumento de vagas em 2019, com 62 novos lugares.

As instituições fora de Lisboa e Porto aumentam em 48 lugares a oferta em 2019.

As instituições do litoral do país – exceto Lisboa e Porto – estão impedidas de aumentar o número total de vagas, o que poderá significar reajustes: ao aumentar num curso muito procurado, têm de cortar noutro com pouca procura.

Já nas instituições de menor pressão demográfica ou menor procura, situadas maioritariamente no interior do país, é dada a possibilidade de aumentar vagas em cursos considerados estratégicos para a especialização da instituição, num máximo de três cursos por instituição.

Em todas as regiões é recomendado o reforço da oferta em áreas que a tutela considera essenciais ao país na formação: competências digitais e ciências de dados.

Portal para ajudar a escolher o curso

O portal Infocursos, da responsabilidade da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, apresenta estatísticas que podem ajudar os estudantes a escolher um curso. O portal apresenta informações que permitem saber quantos alunos tinham mudado de curso um ano depois de terem ingressado e quantos continuavam à procura de emprego um ano após terem terminado os estudos.

Através do endereço também se consegue saber quantos são os estudantes estrangeiros matriculados em licenciaturas e mestrados do sistema público e privado, conhecer a distribuição de alunos por idade, género e nacionalidade e sobre a distribuição das classificações finais dos diplomados.

Há também tabelas sobre o número de estudantes de licenciatura e mestrado que saíram do ensino superior público um ano após começarem o curso, que no geral tem vindo a descer desde 2015.

A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior decorre até 6 de agosto. “Tal como nos anos anteriores, a candidatura é apresentada através do sistema online, no site oficial da Direção-Geral do Ensino Superior. Para acesso ao sistema de candidatura, os candidatos podem utilizar a autenticação com o cartão de cidadão”, esclarece o MCTES.

ZAP // Lusa

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