Armas enviadas pela CIA e pela Arábia Saudita para os rebeldes sírios tiveram como destino final o mercado negro, depois de terem sido roubadas por agentes jordanos.
Um sem número de armas enviadas pela CIA e pela Arábia Saudita para a Jordânia, destinadas aos rebeldes sírios que combatem Bashar al-Assad, foram roubadas e vendidas no mercado negro por agentes jordanos.
A informação foi avançada por funcionários norte-americanos e jordanos a uma investigação conjunta do The New York Times e da Al Jazeera.
Em declarações aos dois órgãos de comunicação, os funcionários admitem que as armas, tal como Kalashnikov, morteiros e granadas, tiveram como destino o mercado negro.
Algumas das armas roubadas terão sido até utilizadas no tiroteio que, em novembro passado, matou cinco pessoas, incluindo dois norte-americanos, num centro de formação da polícia de Amã, capital da Jordânia.
Segundo a investigação, não é certo o que terá sido feito à maioria das armas, que acabaram nas mãos de diversos grupos, incluindo redes criminosas e tribos rurais jordanas que utilizam bazares de armas para montarem os seus arsenais.
Os traficantes de armas também as compram nos bazares para as enviar depois para fora da Jordânia, segundo divulga a mesma investigação.
Fontes governamentais jordanas afirmaram ser “absolutamente incorreta” a informação de que existem agentes implicados nos roubos de armas.
Por seu lado, a CIA não quis tecer comentários relativamente à investigação, de acordo com o jornal norte-americano.
As armas eram inicialmente destinadas aos rebeldes que pretendem derrubar o presidente sírio, um tipo de programa que a CIA e o Pentágono levam a cabo há várias décadas.
ZAP / Lusa
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