Arma apontada à cabeça e obrigados a comer ração de cão. Soldados alvo de praxe violenta

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Os militares estão a ser acusados de humilhar os soldados e de ofensas à integridade física. Alguns dos acusados continuam a trabalhar em forças de segurança, como a GNR ou a PSP.

Dez militares que prestavam serviço na Base Aérea N.º 5, em Monte Real, Leiria, entre maio de 2018 e setembro de 2019, estão acusados de submeter dois soldados a praxes violentas.

O caso, que será julgado no Tribunal de São João Novo, no Porto, envolve práticas degradantes, como obrigar os soldados a comer ração de cão diretamente das gamelas dos animais e a transportar dejetos de cães com preservativos entre dois edifícios da base.

Um dos soldados tentou suicidar-se devido à pressão psicológica e o outro simulou o roubo de um telemóvel para ser expulso da unidade, não suportando mais os abusos.

As praxes, referidas pelos arguidos como um “processo de integração e ensinamento”, tinham como objetivo, segundo o processo, melhorar o desempenho dos soldados, que eram considerados pelos seus superiores como insuficientes.

Além de ingerir ração de cão, as vítimas eram obrigadas a rastejar na pista de obstáculos dos canídeos, a viajar dentro de gaiolas para cães em veículos da Força Aérea e a realizar flexões até à exaustão.

Em alguns momentos, eram ameaçados com armas de fogo e forçados a dormir em condições desumanas, como numa casa de banho algemados ou dentro de um armário.

Os arguidos também criaram situações de medo e pânico, acionando repetidamente o botão de pânico, destinado a emergências, para interromper o descanso dos soldados e submetê-los a corridas noturnas e perseguições.

m dos casos mais graves envolve o uso de hidrazina, uma substância altamente tóxica, com os arguidos a ordenar que uma das vítimas se aproximasse de um depósito contendo o material perigoso, explica o Correio da Manhã.

Os dez militares enfrentam acusações de abuso de autoridade por ofensas à integridade física e outras ofensas, sendo que um deles também responderá por uso ilegítimo de arma. Atualmente, alguns dos arguidos continuam a exercer funções em forças de segurança. Todos negam as acusações.

ZAP //

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3 Comments

  1. Parece tratamento de luxo se comparado o que os russos e amigos fazem aos soldados ucranianos…. Pessoalmente não vejo o proveito desses comportamentos para a carreira militar…

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  2. O cenário de guerra virtual é uma simulação, uma guerra real… hoje, ninguém está preparado.
    Um apagão de energia durante uma semana, já imaginaram?

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