/

Ardeu casa de Almeida Garrett no Porto

Um incêndio deflagrou na zona histórica do Porto, destruindo na totalidade o interior do prédio onde nasceu o escritor Almeira Garrett. As autoridades estão a investigar o caso.

Um incêndio deflagrou na zona histórica do Porto, destruindo a totalidade do interior do prédio onde nasceu Almeida Garrett. “O interior do prédio onde viveu o escritor Almeida Garrett [1799-1854] ficou totalmente destruído. Ficaram as fachadas onde se pode ainda ver o brasão principal com o nome do escritor”, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto, Carlos Marques, acrescentando que “as autoridades competentes já se encontram a investigar a causa do incêndio”.

O incêndio destruiu a habitação de rés-do-chão com três andares. O comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto explicou ainda que no incêndio, cujo alerta foi dado à 01h56 desta madrugada, ficaram dois bombeiros feridos ligeiros que receberam tratamento no Hospital de Santo António e que já tiveram alta hospitalar.

O prédio devoluto que ardeu situa-se junto da Cooperativa Árvore e tem duas fachadas, uma que dá para a Rua Doutor Barbosa de Castro, número 37, e de onde se pode ver o brasão principal da casa com o nome do autor da obra Viagens na Minha Terra (1846), e a outra fachada dá para o Passeio das Virtudes, número 26.

Às 10h50 o incêndio ainda se encontrava em fase de rescaldo. “Os bombeiros ainda estão no local a efetuar operações de rescaldo e efetuar remoção de escombros“, disse fonte do Comando Distrital de Operação de Socorros (CDOS) do Porto.

Ao local deslocaram-se 44 bombeiros, com 13 viaturas, das corporações de Bombeiros dos Sapadores do Porto, Voluntários do Porto e Portuenses do Porto.

Em março, a Câmara do Porto aprovou, por unanimidade, uma recomendação da CDU para tentar adquirir a casa onde nasceu o escritor e ali instalar um pólo do Museu do Liberalismos, cuja revolução assinala no próximo ano o 200.º aniversário, avança o Público.

“Vamos, primeiro, perceber o valor que a casa tem. Depois, entrar em contacto com os proprietários e perceber até que ponto conseguiremos chegar a um bom desfecho”, afirmou, na altura, Rui Moreira.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.