O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Vítor Pereira, voltou a garantir que os árbitros estão disponíveis para aceitar a introdução de novas tecnologias.
“Da parte do Conselho de Arbitragem haverá sempre um parecer no sentido de que se aceite a utilização de novas tecnologias”, disse esta quarta-feira durante a conferência “Arbitragem e o Futuro”, organizada pela Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa.
Vítor Pereira garantiu que “os árbitros sabem que não podem competir com 20 câmaras“, mas lembrou que a utilização de novas tecnologias é uma decisão que depende de outras entidades, nomeadamente do Internacional Board, da FIFA e das federações nacionais.
O antigo árbitro internacional considera também “mais criticados do que os nossos árbitros já são não é possível”.
Profissionalização é essencial
Na conferência, organizada pelo curso técnico profissional de apoio à gestão desportiva, o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF sublinhou a importância da profissionalização dos árbitros, que em Portugal começou em novembro do ano passado.
“Estamos a falar de competições nas quais todos os outros intervenientes são profissionais. A profissionalização surge não como um fim, mas sim como um meio de termos melhores árbitros”, referiu.
O antigo árbitro internacional considerou que “o futuro de uma competição de elite passa por ter árbitros de elite” e defendeu a importância do papel dos árbitros profissionais na formação de novos juízes.
A conferência contou também com a participação do árbitro João Capela, que lamentou o facto de “a dimensão do erro que se criou em relação ao erro do árbitro não é a mesma que existe em relação ao erro do jogador ou do treinador”.
Vítor Pereira recusou comentar uma possível paragem dos campeonatos profissionais, analisada terça-feira, em protesto pelo “clima de hostilidade à classe e pela ineficácia das instâncias disciplinares”.
O presidente do Conselho de Arbitragem da FPF reuniu terça-feira com os árbitros de primeira categoria convocados pelo presidente do Conselho de Arbitragem para debater a questão das pressões que têm sido exercidas sobre os árbitros nos últimos meses.
/Lusa