Austropallene halanychi foi encontrada na costa da Antártida; mas só foi identificada 10 anos depois.
As consequências das alterações climáticas chegam em diversos contextos. Incluindo numa descoberta de uma aranha.
Foi descoberta uma nova espécie de aranha marinha, na Antártida, situa a Revista Galileu.
É uma aranha amarela, com quatro olhos quase pretos, 1 centímetro de tronco, patas que podem chegar a 3 centímetros e garras robustas que parecem luvas de boxe, descrevem os cientistas.
Esta espécie inédita é uma parente distante dos caranguejos-ferradura e de outros aracnídeos que vivem no fundo do oceano.
Come através de uma tromba semelhante a palha – em vez da boca – e respira pelas pernas.
A Austropallene halanychi foi descoberta a uma profundidade de 570 metros.
Os autores do estudo, onde é apresentada a aranha, estão há muitos anos a tentar identificar os seres que vivem nas profundezas do mar da Antártida.
Estão a tentar “descrever e proteger esta biodiversidade antes que seja tarde demais“.
“À medida que o clima continua a mudar, as águas mais quentes podem ameaçar o futuro de algumas das espécies que vivem neste ecossistema isolado e único”, descreve Andrew Mahon, um dos autores do estudo.
Na verdade a Austropallene halanychi já foi descoberta há 10 anos mas só agora foi retirada para estudo, entrando na lista de espécies novas de animais.
“Há tanta coisa lá em baixo que, cada vez que vamos, encontramos coisas novas”, avisou Andrew.
Para encontrar essas “coisas novas”, os cientistas atiram redes para o fundo do mar da Antártida, para tentar apanhar o que aparecer, seja o que for. Puxam as redes, classificam tudo e preservam cada espécie antes de as enviar aos laboratórios para análise.