Russian Presidential Executive Office / Wikimedia
Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita.
A Arábia Saudita ofereceu-se para pagar todos os novos estádios na Grécia e no Egito caso ambos os países concordem em unir-se aos sauditas na candidatura à organização do Mundial 2030.
O plano foi engendrado em segredo pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, que apenas privou com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, no verão de 2022, avança o POLITICO.
Em contrapartida, além de ganhar dois aliados na sua candidatura, a Arábia Saudita receberia três quartos de todos os jogos do próximo Campeonato do Mundo.
O POLITICO cita como fontes altos funcionários familiarizados com o assunto. Ainda assim, não está claro se a oferta foi aceite ou não. A realidade é que os três países estão a trabalhar numa proposta conjunto para organizar a competição.
A Arábia Saudita é criticada por alegadamente estar a usar a sua fortuna para comprar a influência da Grécia e do Egito. Os sauditas estão, assim, a criar “uma coligação transcontinental para tirar vantagem do sistema de votação”, escreve o site.
Ao juntar os dois países à sua candidatura, a Arábia Saudita estará a tentar dissuadir a FIFA a aceitar realizar um Mundial no Médio Oriente, apenas oito anos depois do Mundial 2022 no Qatar. Se a Arábia Saudita se candidatasse sozinha, dificilmente teria grandes hipóteses.
Portugal também é um dos candidatos a receber a competição, juntamente com Espanha e Ucrânia. A outra candidatura conjunta rival é da Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.
Assim que o Mundial do Qatar terminou, surgiram rumores de que Cristiano Ronaldo poderia ser usado como embaixador da candidatura dos sauditas. O avançado do Al-Nassr estaria, de certa forma, a competir contra Portugal.
O contrato de Ronaldo com o emblema saudita até 2025 já incluirá a posição de porta-estandarte da candidatura de Arábia Saudita, Egito e Grécia.
O capitão da seleção portuguesa vai receber 200 milhões de euros para promover a candidatura saudita. A informação foi confidenciada à AFP, sob anonimato, por uma fonte do novo clube de Ronaldo.
