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Apostas em raspadinhas caíram em 2020 para o valor mais baixo desde 2017

As raspadinhas são um vício que afeta principalmente pessoas da classe média baixa. No entanto, em ano de pandemia, as mudanças sócio-económicas na vida dos portugueses fizeram com que as apostas caíssem 16%.

Os dados foram avançados ao jornal i pela Santa Casa Misericórdia de Lisboa, responsável pelos Jogos Santa Casa, apesar de o relatório de 2020 ainda não estar totalmente fechado.

“Atendendo ao ano atípico que se viveu, motivado pela pandemia da covid-19, e que afetou inúmeros setores da economia, também as vendas dos jogos sociais do Estado tiveram uma diminuição na sua totalidade, incluindo a lotaria instantânea (conhecida como Raspadinha), que teve uma quebra na ordem dos 16% por cento em relação ao 2019”, indica a Santa Casa.

Segundo a mesma fonte, como o relatório não está fechado, a entidade não adianta o total exato gasto pelos portugueses em 2020.

Contudo, fazendo as contas, em 2019, em vendas brutas os portugueses gastaram 1718 milhões de euros com a Raspadinha, o que significa que os gastaram em média 4,7 milhões de euros por dia nesta lotaria instantânea.

Assim, tendo sido a queda em 2020 de 16%, os portugueses terão gasto aproximadamente 1,4 mil milhões de euros.

Os números indicam que os gastos com raspadinhas regressaram ao nível de 2017, depois de anos de subida sucessiva das apostas, regista-se agora a maior quebra dos últimos anos.

A Santa Casa frisa que é “importante sublinhar que o aumento das vendas da Raspadinha, nomeadamente entre 2010 a 2016, se ficou a dever, sobretudo, ao aumento da base do número de apostadores e não ao aumento do dispêndio per capita, ou seja, do valor gasto por apostador”.

ZAP //

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