Adeus, Apolo 70. O mais antigo centro comercial de Portugal fechou

Hipersyl / Wikimedia

Centro Comercial Apolo 70, no Campo Pequeno, em Lisboa

Este sábado, o centro comercial mais antigo de Portugal, o Apolo 70, fechou portas por tempo indeterminado devido a uma ordem judicial. 

O centro comercial mais antigo de Portugal, o Apolo 70, fechou neste sábado as portas por tempo indeterminado devido a uma ordem judicial, executada por quatro agentes da PSP, segundo testemunhou a agência Lusa no local.

Segundo fonte da PSP, o espaço está encerrado por tempo indeterminado, na sequência de um litígio judicial que opõe a empresa concessionária do espaço, a Companhia Proprietária de Estabelecimentos Vários, COPEVE, e o proprietário do edifício onde o centro comercial está instalado.

Um dos funcionários de uma das lojas afirmou à Lusa que só a farmácia irá permanecer a funcionar com atendimento no exterior, estando os restantes espaços comerciais fechados e os arrendatários impedidos de lhes aceder.

A Lusa tentou entrar no centro comercial, mas o agente de execução não autorizou nem se mostrou disponível para falar sobre este caso, contudo conseguiu chegar à fala com uma funcionária de uma das lojas, que se mostrou surpreendida, não pelo despejo, mas pela falta de aviso por parte da COPEVE.

“Pelo que sabemos, a COPEVE já não paga a renda do espaço há muito tempo, apesar de continuarmos a pagar-lhes. Também sabemos que a senhoria nunca quis ficar com espaço, já que não recebe o dinheiro das rendas, e que o queria vender”, acrescentou.

Segundo esta funcionária, só neste sábado soube da ação de despejo, após ter sido notificada pelo agente de execução quando chegou ao local. “Todas as lojas foram fotografadas, seladas individualmente. Recebemos um documento para ir buscar o material no próximo dia 10 (sábado)”, disse.

Com uma área inicial de três mil metros quadrados e inaugurado em 1971, o Apolo 70 é um dos ex-líbris de Lisboa e foi o primeiro centro comercial do país.

Nos últimos anos, permanecia como um centro de comércio na zona, apesar da proximidade de outros centros comerciais mais modernos.

// Lusa

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