Novas escutas reveladas comprometem o presidente benfiquista na Operação Lex. “Vou apertar com Rangel para ver se ele resolve aquela merda”, disse Luís Filipe Vieira.
A revista Visão relevou as conversas telefónicas, ouvidas durante quase um ano, que comprometem o presidente do SL Benfica. Luís Filipe Vieira sempre desmentiu os crimes que lhe são imputados no âmbito da Operação Lex, mas estas novas gravações podem comprometer o líder ‘encarnado’.
As escutas foram colocadas nos telemóveis do então juiz desembargador Rui Rangel e do advogado que em 2012 integrou a lista de Vieira à presidência, Jorge Barroso.
Luís Filipe Vieira já teria por diversas vezes revelado que precisaria da ajuda do juiz, então no Tribunal da Relação de Lisboa, para resolver um processo pendente no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra. O pedido era referente a 1,6 milhões de euros de um imposto sobre mais-valias taxado a uma empresa em que o seu filho, Tiago Vieira, era administrador, explica o Observador.
“Vou apertar com Rangel para ver se ele resolve aquela merda”, disse Luís Filipe Vieira numa das conversas com Jorge Barroso, em maio de 2017. Um mês depois, o presidente benfiquista voltou a falar com o advogado sobre este tema, reiterando que era um assunto “urgente”, que não podia “ter o dinheiro parado” e que iria “pressionar” o juiz.
Jorge Barroso terá aconselhado Vieira a tratar ele próprio do assunto, já que Rangel seria “um baldas”.
“É uma acusação profundamente injusta, pois assenta em factos que não são verdadeiros e em intenções que o Sr. Luís Filipe Vieira nunca teve. E se os factos não são verdadeiros, as intenções são fruto de imaginação”, disse o presidente das ‘águias’ em comunicado.