Apenas onze dos mais de 600 trabalhadores dos estaleiros navais de Viana não aceitaram rescindir os respetivos contratos no âmbito do plano social lançado pela administração, que terminou hoje, segundo números avançados à Lusa por fonte da empresa.
Assim, do total de 607 trabalhadores que estavam ao serviço em dezembro, e segundo a mesma fonte, 596 comunicaram a intenção de rescindir os contratos e 209 formalizaram entretanto os acordos para saída voluntária da empresa. Entre estes trabalhadores contam-se igualmente cinco dos sete elementos da comissão de trabalhadores, de acordo com a mesma fonte.
Os restantes acordos (387) serão rubricados nos próximos dias e a saída consumada até final do mês.
Até 31 de janeiro, na primeira versão do plano social proposto pela administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), com indemnizações globais de 30,1 milhões de euros, tinham aderido cerca de 150 trabalhadores.
Este plano, lançado pelo fecho da empresa e subconcessão ao grupo Martifer, foi entretanto revisto e a sua validade prolongada até às 16h de hoje, incorporando os contributos dos representantes sindicais, mandatados para o efeito pelos trabalhadores dos ENVC.
“Esta adesão demonstra que o plano social trabalhado em conjunto com os sindicatos era equilibrado e positivo. O consenso alcançado permite encarar o futuro social e laboral com confiança”, disse à Lusa, durante a tarde, fonte oficial do Ministério da Defesa Nacional, que conduziu as recentes negociações com os sindicatos.
/Lusa
Estaleiros de Viana
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