Sente-se muito apegado aos seus animais de estimação? Pode ser mau sinal

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Um novo estudo notou uma correlação entre pessoas muito apegadas aos seus animais e mais sintomas de distúrbios mentais, como a depressão ou a solidão.

Ter uma afinidade especial com os nossos patudos é normal e até saudável, mas ter um laço muito forte com os animais de estimação pode ser um mau sinal. De acordo com um novo estudo publicado na BMC Psychiatry, os donos que são muito apegados aos seus animais têm mais sintomas de distúrbios mentais.

Até agora, as pesquisas sobre os efeitos que os animais têm na nossa saúde mental têm tido resultados mistos — algumas associam ter animais a níveis mais baixos de solidão e depressão, inclusive em doentes mentais; outros apontam para o contrário.

Os autores da nova pesquisa tentaram decifrar de vez este mistério e para isso fizeram um inquérito online a 610 donos de animais na Alemanha. Os participantes foram recrutados com a distribuição do link para o inquérito em vários sites destinados a donos de cães 93% da amostra foi composta por mulheres entre 18 e 73 anos.

Os voluntários forneceram dados demográficos e informação sobre si próprios relacionados com os seus cães. Também foram feitas avaliações completas sobre as suas relações com os animais e análises aos seus sintomas de distúrbios mentais.

Quem mostrou sinais de um apego mais forte aos seus cães também teve mais sintomas de distúrbios mentais. Adicionalmente, um apego emocional mais forte ao cão foi associado a um menor conforto quando se precisa de confiar alguém e a um maior medo de não se ser amado ou se ser rejeitado, revela o PsyPost.

“Um apego emocional mais forte aos animais de estimação pode refletir uma estratégia de apego compensatório para pessoas que não foram capazes de estabelecer relacionamentos seguros com outras pessoas durante a infância. Estas pessoas podem construir relacionamentos mais próximos com animais de estimação que são vistos como mais confiáveis ​​e menos ameaçadores”, escrevem os autores.

Os cientistas lembram que os resultados do estudo apontam para uma correlação, não uma relação causal e sublinham ainda que a amostra foi muito enviesada, sendo precisas pesquisas futuras mais alargadas antes de se tirar conclusões definitivas.