Companhia espanhola Air Nostrum encomendou recentemente dez zepelins, o que está a ser visto como um relançamento do meio de transporte.
Símbolos do final dos anos 90, no que ao mercado publicitário diz respeito, os balões dirigíveis, ou Zeppelins, podem estar prestes a fazer um regresso.
Agora, a companhia aérea espanhola Air Nostrum encomendou dez aeronaves híbridas Airlander a uma empresa que constrói Zeppelins amigos do ambiente. Segundo a CNN, as entregas previstas para 2026.
A britânica Hybrid Air Vehicles (HAV) desenvolveu a Airlander para reduzir drasticamente as emissões da aviação, afirmando que as suas aeronaves reduzem as emissões em 90%. De acordo com o Interesting Engineering, os balões dirigíveis para 100 passageiros poderiam reduzir drasticamente as emissões de carbono.
Os balões dirigíveis de 100 passageiros voarão utilizando gás hélio e propulsão elétrica, permitindo um alcance de 300-400 quilómetros, de acordo com o HAV. Vale ainda a pena notar que as velocidades máximas estão muito abaixo da média de um avião de linha aérea tradicional. Já em termos de velocidade, a Airlander viajará a 129 km/h, enquanto as companhias aéreas o fazem a uma média de 804 km/h.
A HAV anunciou que o acordo acontece seis meses depois de “estudos rigorosos e modelagem” de rotas internas em Espanha. A companhia também disse que a Airlander poderá ser utilizada para outras rotas de pequeno curso, incluindo entre Liverpool e Belfast, Seattle e Vancouver ou entre Oslo para Estocolmo.
O balão dirigível, que já foi submetido a vários testes de voo, voará a uma altitude máxima de 20.000 pés.
Embora tenha falhas claras no departamento de velocidade, o Airlander requer poucas infra-estruturas de aterragem, podendo também aterrar mais perto dos centros das cidades, permitindo aos passageiros ganhar algum tempo em viagens aeroportuárias. O principal atrativo será, aponta a mesma fonte, a baixa pegada de carbono da Airlander.
Numa declaração, o presidente da Air Nostrum, Carlos Bertomeu, afirmou que os dirigíveis ajudarão a companhia aérea a cumprir os objetivos estabelecidos pela União Europeia de reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030.
“A sustentabilidade já é um facto não negociável nas operações diárias da aviação comercial”, disse Bertomeu. “Acordos como estes são uma forma muito eficaz de alcançar os objetivos de descarbonização contemplados na iniciativa legislativa.”
Outras empresas pretendem também recuperar o dirigível e restaurar a sua reputação, manchada pelo desastre de Hindenburg de 1937.
A H2 Clipper, sediada na Califórnia, por exemplo, pretende restaurar a confiança do público nas máquinas, fornecendo primeiro o transporte aéreo de carga – acenando com um quarto do custo dos aviões.
A HAV anunciou que vai começar a construir os seus próprios Airlanders este ano, criando 1.800 empregos em Yorkshire, norte de Inglaterra.
Na declaração da empresa, o CEO Tom Grundy disse: “Hybrid Air Vehicles e Air Nostrum Group estão a mostrar como podemos chegar lá – e chegar lá em breve“. A empresa espera que os seus dez balões-dirigíveis Airlander sejam os primeiros aviões de grande escala a conseguir um voo com emissões zero.
Hindenburg… n ão hindenberg
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