Subida de mais de 30%, número mais alto na última década. Há alegados incumprimentos dos desempregados.
Muitas pessoas têm-se queixado que ficaram sem o subsídio de desemprego sem motivo para tal.
Por isso, foi criada a Comissão de Recursos do Instituto de Emprego e Formação Profissional para avaliar essas queixas.
Essa comissão admitiu que em praticamente metade dos casos (49%) os queixosos tinham razão, informa o Jornal de Negócios.
O número de desempregados tem aumentado nos últimos meses e essa subida está relacionada, em parte, com as anulações de subsídios de desemprego.
Há alegado incumprimento por parte dos desempregados e as anulações subiram 30,5% só no ano passado. Um total de 5.818 anulações – o número mais alto na última década.
A taxa de anulações de subsídios de desemprego era 2,1% em 2021 e passou a ser 3,8% no ano passado. Quase duplicou. E é a mais alta desde 2011.
Para anular um subsídio de desemprego, há várias origens possíveis. A falta de comparência a uma convocatória é a mais frequente (79% dos casos) – mas muitas das queixas apontam a culpa para os CTT. Os desempregados revelam que não receberam qualquer convocatória na sua caixa de correio.
Recorde-se que as apresentações obrigatórias na Junta de Freguesia, de duas em duas semanas, terminaram.
Outros motivos: recusa, desistência ou exclusão de trabalho socialmente necessário e não procurar novo emprego.
No entanto, em 2022 o desemprego diminuiu 10,9% no geral, o que significa a existência de menos 35 mil pessoas inscritas nos centros de emprego.
“Recorde-se que as apresentações obrigatórias na Junta de Freguesia, de duas em duas semanas, terminaram.”
Esta foi outra medida do Passos Coelho que fazia com que muitos deixassem de estar inscritos no Centro de Emprego. É sempre desagradável ir à Junta de Freguesia dizer-se que é desempregado, quando se passa a semana toda a trabalhar de manhã à noite… e os funcionários da Junta (nos meios mais pequenos) sabem perfeitamente isso.
Agora, estão inscritos no Centro de Emprego e durante o dia estão a trabalhar sem declarar.
Nunca vi governo mais ladrão que este. Além de não ajudarem quem mais precisa, ainda roubam os parcos rendimentos de quem desconta. É revoltante e vergonhoso.
Não sou desempregado, mas já sofri por causa de nao ter recebido as cartas que o CTT deveria ter entregue na minha morada.. Reclamei, mas voltou a acontecer.