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António Mexia e Manso Neto vão deixar gestão da EDP

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Miguel A. Lopes / Lusa

Os presidentes executivos da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e Manso Neto, ambos suspensos de funções, manifestaram-se indisponíveis para voltar a integrar os órgãos sociais do grupo num novo mandato.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa informa que “na presente data, a EDP recebeu uma carta do presidente do Conselho de Administração Executivo (PCAE) suspenso de funções, Dr. António Mexia, e uma carta do membro do Conselho de Administração Executivo (CAE) suspenso de funções, Dr. João Manso Neto, informando da respetiva indisponibilidade para integrar qualquer lista candidata aos órgãos sociais da EDP para o próximo mandato (2021-2023)”.

“A este propósito, a EDP reconhece a indelével contribuição do Dr. António Mexia e do Dr. João Manso Neto para o crescimento e criação de valor para a sociedade e para os seus ‘stakeholders’ ao longo dos últimos 15 anos e deixa expressamente registadas a importância da liderança do Dr. António Mexia e a contribuição muito relevante do Dr. João Manso Neto no cumprimento dos objetivos da EDP neste período”.

António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, foram suspensos de funções em julho na empresa como medida de coação decidida pelo juiz Carlos Alexandre no caso EDP.

Numa carta dirigida a Luís Amado, presidente do Conselho de Supervisão, e a Luís Palha da Silva, presidente da assembleia geral, António Mexia comunicou à EDP a sua indisponibilidade para integrar os novos órgãos sociais da companhia.

“Há decisões difíceis na vida e esta é, seguramente, a mais difícil da minha vida profissional, acima de tudo por resultar de um contexto de incompreensível injustiça“, escreveu António Mexia, segundo a missiva a que o Eco teve acesso.

ZAP // Lusa

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