Defesa Nacional / Facebook

Antigos militares consideram que o melhor seria suspender a proposta do Governo que admitem que “nem em tempo de guerra tem lugar”.
Um grupo de antigos militares GREI – Grupo de Reflexão Estratégica Independente – sugere a suspensão das propostas do Governo no âmbito da Reforma da Estrutura Superior das Forças Armadas.
No documento elaborado pelo GREI e entregue aos aos partidos políticos, ao qual a TSF teve acesso, a proposta do Governo para alterar a Lei Orgânica de Bases de Organização das Forças Armadas (LOBOFA) e a Lei de Defesa Nacional (LDN), é descrita como “incongruente”, “inadequada”, “apressada” e “nada usual”.
Desta forma, os antigos militares mostram-se apreensivos com um processo que, consideram, representa uma profunda rutura com o passado.
De acordo com o documento, as propostas do Governo são consideradas confusas, com “um pecado original proporcionado pela visão redutora: transferir poderes para o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas”.
Afirmam ainda que esta é uma reforma não compreendida, que “esvazia o poder” dos Chefes de Estado Maior e que foi “feita ao arrepio dos princípios e dos valores, da doutrina e dos conceitos e da cultura da Instituição Militar”, que, salientam, “nem em tempo de guerra tem lugar”.
O GREI sugere que o Parlamento assuma um estudo sobre a segurança e defesa que se pretende para o país, bem como o modelo das Forças Armadas.
Os antigos militares alertam que em vez de resolver, esta proposta vai criar problemas, por isso defendem que suspender o processo seria um passo da “maior sensatez“.
Tendo em conta o contexto pandémico que o país vive atualmente, “a última coisa que necessitaríamos seria o adicionar instabilidade às FFAA”, avisam os militares.