Os antigos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) já entregaram a queixa na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) contra a auditoria da EY à gestão do banco público entre 2000 e 2015.
Esta segunda-feira, cinco administradores executivos da Caixa Geral de Depósitos no período 2008-2010 enviaram uma participação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para que esta se possa pronunciar sobre erros que consideram grosseiros na auditoria feita pela EY aos atos de gestão praticados entre 2000 e 2015.
O Expresso noticiou a intenção no início de maio e, dois meses depois, a queixa deu entrada no regulador do mercado de capitais que tem a supervisão das auditorias, apesar de os ex-administradores que a subscrevem saberem que esta foi feita pela consultora EY e não pela auditora com o mesmo nome, o que a pode colocar fora do âmbito da CMVM.
A queixa partiu dos ex-gestores do mandato liderado por Faria Oliveira, entre 2008 e 2010, mas nem todos a subscreveram. No total de sete, apenas cinco o fizeram.
Segundo apurou o matutino, esta foi subscrita pelo próprio Faria de Oliveira, presidente executivo, Norberto Rosa, Jorge Tomé, Francisco Bandeira e José Araújo e Silva. Pedro Cardoso deverá agir apenas judicialmente e Rudolfo Lavrador, que ainda integra os quadros do banco público, ficará de fora.
A queixa tem como base o facto de estes responsáveis considerarem que a auditoria da EY “está repleta de incorreções e inverdades relativas à correspondência entre normas regulamentares e normas internas da Caixa aplicadas à época, entre outras”.
A participação foi enviada com um conjunto de anexos que revelam as incorreções detetadas no documento por este conjunto de administradores. Quanto ao facto de a CMVM poder não ter competência para avaliar o caso, os queixosos adiantaram ao semanário que “fizemos o pedido, esperamos pela avaliação” e “se a CMVM disser que não a pode fazer tiramos daí as devidas conclusão“.
“Se assim for trata-se de uma auditoria que fica desvalorizada já que foi feita por uma entidade não habilitada”, referiu dos subscritores, que não quis ser identificado.
A auditoria da EY detetou falhas no cumprimento das regras internas na concessão e acompanhamento dos empréstimos que geraram mais de 1000 milhões de euros em perdas para a Caixa Geral de Depósitos.
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