Animais com mais de um século descobertos em lugar inesperado

University of Minnesota Duluth

Peixe-búfalo, no deserto do Arizona

Um grupo de cientista descobriu que os peixes-búfalo, do deserto do Arizona têm expectativas de vida que ultrapassam um século, o que vem desafiar suposições anteriores sobre a longevidade dos peixes de água doce.

Investigadores da Universidade de Minnesota Duluth (EUA), em colaboração com pescadores, descobriram um grupo de peixes centenários, no Lago Apache, no deserto do Arizona.

O estudo, publicado recentemente na Scientific Reports, destaca a longevidade excecional de espécies do género Ictiobus, comummente conhecidos como peixes-búfalo, que têm expectativas de vida superiores a um século.

De acordo com a SciTechDaily, esses peixes foram introduzidos no Lago Apache em 1918, pelo estado norte-americano, mas têm sido frequentemente mal identificados, confundidos com espécies invasoras como a carpa.

Para determinar a idade dos peixes com precisão, a equipa, liderada pelo ictiologista Alec Lackmann, utilizou uma técnica que envolve a análise de otólitos, estruturas do crânio dos peixes que registam o crescimento anual, semelhante à contagem dos anéis de uma árvore.

Surpreendentemente, mais de 90% dos peixes-búfalo no Lago Apache tinham mais de 85 anos.

Lackmann acredita que este o estudo dos peixes-búfalo pode fornecer informações valiosas sobre a longevidade e o envelhecimento, com potenciais implicações para a saúde humana.

“Estas espécies de peixes de longa vida e indivíduos devem agora ser monitorizados para que possamos estudar e entender mais sobre o seu DNA, fisiologia e capacidade de combater infeções e doenças”, disse o investigador, citado pela SciTechDaily.

ZAP //

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