Jens Stoltenberg lembrou que Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, juntas, são praticamente do tamanho de Portugal. Anexação é “ilegal e ilegítima”.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, assegurou hoje que a anexação ilegal pela Rússia de quatro províncias ucranianas, com “uma área aproximadamente do tamanho de Portugal”, não altera o compromisso da Aliança em apoiar a Ucrânia.
“Esta é a maior tentativa de anexação de território europeu pela força desde a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 15% do território da Ucrânia, uma área aproximadamente do tamanho de Portugal, foi tomado ilegalmente pela Rússia com a ponta da pistola”, declarou Stoltenberg em conferência de imprensa e após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado a incorporação na Rússia das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.
O chefe da NATO considerou que a guerra na Ucrânia está num “momento decisivo”, definiu a anexação “ilegal e ilegítima” desses territórios como “a mais séria escalada” desde o início da guerra, e garantiu que os membros da organização militar ocidental jamais reconhecerão estas anexações.
“A Ucrânia tem o direito de retomar estes territórios agora ocupados pela força e iremos apoiá-la para que continue a libertá-los”, afirmou.
Stoltenberg também advertiu que a eventual utilização pela Rússia da arma nuclear terá “graves consequências”.
O chefe dos aliados também comentou o pedido de adesão acelerada da Ucrânia à NATO anunciado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pouco depois de a Rússia ter anexado quatro regiões ucranianas, ao indicar que essa decisão “requer a unanimidade” dos 30 Estados-membros.
G7 também condena
A NATO e o G7 expressaram hoje o seu compromisso com a “soberania e integridade territorial” da Ucrânia, assegurando que não aceitam a anexação de quatro territórios ucranianos pela Rússia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, conversou hoje com o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan, dizendo que ambos partilham da “preocupação” com a anexação de território ucraniano, através de “falsos referendos”, e mostrando-se comprometidos com “a soberania e integridade territorial” da Ucrânia.
A declaração surge horas depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter apresentado um pedido formal de adesão à NATO, em resposta à anexação russa das suas regiões ocupadas.
Também os países do G7 (o grupo das sete economias mais desenvolvidas) emitiram hoje um comunicado em que se comprometem em “nunca reconhecer as alegadas anexações” de territórios ucranianos.
“Condenamos unanimemente e de forma veemente a guerra de agressão contra a Ucrânia e a contínua violação da soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia”, escreveram os sete países no comunicado.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
// Lusa
J. Galvao, o G7 e a NATO parecem duas ” comadres ” uma nao faz nada sem a outra e as duas juntas destroem ” tudo ” ja era tempo de se deixarem de traquinices e trabalharem para a PAZ.