/

Andrea Nahles é primeira mulher eleita líder do SPD alemão

Clemens Bilan / EPA

Andrea Nahles fez história ao ser eleita para a presidência do Partido Social Democrata alemão. A política de 47 anos é a primeira mulher à frente do partido.

“Hoje, aqui, vamos quebrar um teto de vidro”, garantiu Andrea Nahles, durante um discurso perante o congresso do partido, em Wiesbaden, na Alemanha, aludindo ao facto de, pela primeira vez nos seus 154 anos de história, o Partido Social-Democrata (SPD) estar disposto a colocar uma mulher na liderança.

O apelo foi recebido e, este domingo, Andrea Nahles tornou-se na primeira mulher a liderar os sociais-democratas nos seus 155 anos de história, batendo outra mulher na corrida: Simone Lange, antiga autarca da cidade de Flensburg que também já foi polícia.

A política de 47 anos conquistou 66,35% dos votos, o correspondente a 414 em 624 delegados que participaram no congresso extraordinário de Wiesbaden.

Ainda assim, a vitória, apesar de expressiva é vista como agridoce, dado que os restantes 172 delegados que votaram em Lange representam a fação de descontentes com a recente política seguida pelo partido ao aceitar uma coligação de governo com a CDU e a CSU.

“Mulher do povo, católica, oriunda de família trabalhadora, sindicalista e combativa”, Andrea Nahles herda assim a liderança de um partido fraturado. No seu discurso de vitória, a nova líder do partido e antiga ministra do Trabalho tentou passar ao lado dos focos de descontentamento e destacar as duas grandes batalhas do seu mandato: saúde e justiça social.

Precisamos de uma rede de solidariedade na economia e nas finanças”, defendeu. Isto porque a solidariedade é o que mais falta neste mundo globalizado, neo-liberal e turbo-digital”, defendeu. “E, sejamos honestos, até certo ponto, a própria social-democracia”.

Com a eleição de Andrea Nahles, o cenário dos partidos na Alemanha reforça a liderança no feminino iniciada há quase duas décadas com Angela Merkel na União Democrata Cristã (CDU). A estas duas mulheres, juntam-se as presidências bicéfalas e partidárias dos Verdes ou da AfD (Alternativa para a Alemanha). A única exceção são os bávaros da União Social Cristã (CSU) e os liferais do FPD.

// Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.