Anders Breivik vai recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos

2

thespeakernews / Flickr

Anders Breivik, homicida de extrema-direita que matou 77 pessoas na Noruega

Anders Breivik, homicida de extrema-direita que matou 77 pessoas na Noruega

O autor dos ataques de Oslo de 2011 vai recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, anunciou o advogado, depois de o Supremo Tribunal norueguês recusar um recurso sobre as condições em que está detido.

O neonazi de 38 anos, cujos ataques fizeram 77 mortos, tinha recorrido ao Supremo de uma decisão tomada em março de absolver o Estado norueguês da acusação de sujeitar o extremista a condições de detenção “desumanas”.

A decisão do Supremo é irreversível e não passível de recurso. Imediatamente depois do anúncio do Supremo, o advogado do extremista anunciou que vai recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

“Vamos para Estrasburgo”, disse o advogado Oystein Storrvik, referindo-se ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, com sede naquela cidade francesa. “Estávamos preparados para que a nossa queixa não fosse para a frente nos tribunais noruegueses”, acrescentou.

Breivik queixou-se à justiça das condições de detenção, alegando que o regime de isolamento que lhe é aplicado é “desumano”.

Em março, um tribunal decidiu que “Breivik não é, nem foi, sujeito a tortura ou a tratamento desumano ou degradante” e que o regime de isolamento se justifica pelo perigo que representa para a sociedade e pela violência a que podia ser sujeito por outros prisioneiros.

Vestido de polícia, em julho de 2011, Breivik matou a tiro 69 pessoas, a maioria delas jovens, num acampamento do Partido Trabalhista na ilha de Utoya. Pouco antes, um carro que tinha armadilhado e que estacionou junto a um edifício governamental explodiu, matando oito pessoas.

Em agosto de 2012, Breivik foi condenado a 21 anos de prisão, que podem ser prolongados indefinidamente.

// Lusa

2 Comments

  1. Confesso que este indivíduo põe à prova com alguma brutalidade a minha forte convicção de que não deve haver pena de morte.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.