História de rejeição começa em 2019, à saída do Casa Pia. Tudo se resume a uma palavra: controlo.
Apesar de estar farto delas, o novo treinador do Manchester United Rúben Amorim fez “A Grande Entrevista” à britânica BBC Sport esta terça-feira, na qual revelou, entre várias confissões, o verdadeiro motivo que o afastou do comando técnico do seu clube de coração, o SL Benfica.
A história da sua justificação começa em 2019, altura em que Amorim deixou o Casa Pia.
“Às vezes é o destino. No Casa Pia, queria treinar. Ser treinador principal. Fui para a 3.ª divisão para ter essa oportunidade. Precisava de sentir como era ser treinador”, disse o português de 39 anos, antes de explicar o que o afastou dos encarnados, que representou como jogador por 6 épocas.
“Depois fui para o Sp. Braga. E não fui para o Benfica porque, lá, não temos controlo total sobre as camadas jovens. Sentia que isso era importante para mim: na minha visão do futebol, o treinador principal tem de controlar as camadas jovens. Não é decidir tudo, isso é diferente, mas controlar”, explicou, sublinhando que no Braga “tinha mais condições”.
Já se sabia que Rúben Amorim tinha sido sondado para o Benfica em 2019 — o interesse do então presidente dos encarnados Luís Filipe Vieira já disse publicamente que tinha convidado o técnico, mas que este rejeitou a proposta.
O resto? Foi “muita, muita sorte”
“Fui para o Sp. Braga B para sentir um clube maior. Estive lá enquanto jogador. É um clube com melhores condições e queria ver isso. Depois, o destino levou-me para a equipa principal e tive muita sorte nos primeiros jogos, foi uma armadilha para o presidente António Salvador“, recorda o técnico.
“O Braga tinha uns cinco jogo seguidos contra o Sporting e FC Porto, e sei que tive muita sorte. Muita, muita sorte. E isso mudou a minha vida. Fui para o Sporting e o resto é história. Fui um sortudo até agora na minha carreira”, sublinhou Amorim.