Afinal, pode ter não ter sido Aminata Diallo a encomendar agressão à colega de equipa. Ex-namorado (e antigo jogador do Barcelona) envolvido no caso

EPA/GEOFF CADDICK

Aminata Diallo, jogadora do Paris Saint-Germain, à esquerda na imagem

 

Kheira Hamraoui, atleta da equipa feminina do PSG, foi agredida depois de um jantar com as colegas de equipa. Devido aos ferimentos que sofreu, foi obrigada a falhar o compromisso com o Real Madrid.

Há uma semana, as notícias que davam conta de uma agressão a Kheira Hamraoui, jogadora do Paris Saint-Germain, alegadamente encomendada pela colega de equipa Amninata Diallo, tendo em vista garantir a titularidade no jogo contra o Real Madrid a contar para a Liga dos Campeões, chocou o mundo do futebol pela frieza do ano, mas também pela violência da agressão (com ferros) que levou Hamraoui a ter que receber assistência hospitalar.

Na sequência destes acontecimentos, Amnianata Diallo foi detida, tendo ficado à guarda das autoridades durante 36 horas. No entanto, após interrogatório foi libertada sem qualquer acusação e com o seu advogado a reiterar a sua inocência.

“Essa teoria não corresponde em nada à verdadeira natureza do seu relacionamento. Outras pistas mais sérias foram encaradas pelos investigadores e em nada implicam a minha cliente. Aminata Diallo lamenta o empolamento mediático, que já a condenou, sem fundamento e lembra que não hesitará a defender os direitos na justiça, se necessário, contra qualquer difamação. Ela cooperou plenamente e facilitou o trabalho dos investigadores, saindo em liberdade”, afirmou ainda o advogado Mourad Battikh, citado pelo Jornal de Notícias.

Nas mais recentes notícias sobre o caso, o jornal francês L’Equipe avança agora que na origem do caso podem estar motivações de ordem pessoal e não desportivas. Através de intercetações às chamadas telefónicas de Hamraoui, a polícia francesa encarregue do caso chegou à conclusão que algumas das chamadas recebidas pela jogadora teriam sido feitas por um alegado “ex-namorado“, com quem tinha estado numa relação durante três anos — período que terá coincidido com a sua passagem pelo Barcelona.

De acordo com as notícias, esse ex-namorado terá afirmado que a antiga jogadora lhe terá “estragado a vida” e que, por isso, se iria vingar. Esta segunda-feira, o Le Monde avançou com o nome de Eric Abidal como possível autor destas ameaças. Os dois mantiveram uma relação entre 2018 e 2020, apesar de Abidal ser casado. Este é um detalhe importante, uma vez que a própria esposa do também antigo jogador do Barcelona poderá estar envolvida no ataque. Durante as agressões, os dois agressores terão questionado a jogadora, que à altura estava acompanhada de Aminata Diallo, se estava “andava a dormir com homens casados” — um dado que foi transmitido à polícia pelas duas atletas nos interrogatórios a que foram sujeitas.

Segundo avançou uma fonte do Ministério Público francês ao Le Monde, o casal deverá ser ouvido brevemente.

Eric Abidal, atualmente com 42 anos, jogou pelo Mónaco, Lille, Lyon, Barcelona e Olympiacos. Durante a sua carreira conquistou 23 títulos e ultrapassou um delicado momento da sua vida particular quando lhe foi diagnosticado um cancro no fígado — tendo conseguido voltar à competição depois de curado. Após pendurar as chuteiras, assumiu funções de diretor desportivo no Barcelona.

ZAP //

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