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24 minutos depois. Suposta ameaça de bomba em avião da Ryanair foi enviada após voo ter sido desviado

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Пресс-служба Президента России / Wikimedia

Aleksander Lukashenko, Presidente da Bielorrússia

Um email, ao qual as autoridades bielorrussas tiveram acesso, revela que a suposta ameaça de bomba no voo foi enviada depois do avião da Ryanair ter sido desviado para Minsk. O novo detalhe desafia a versão dos eventos apresentada pelo regime bielorrusso.

A intercetação do voo da Ryanair, que viajava de Atenas para Vilnius no domingo, provocou uma vasta onda de condenação internacional e novas sanções da União Europeia – que descartou a explicação de perigo de bomba para o desvio do avião.

Ao longo dos últimos dias, vários líderes europeus e ativistas têm afirmado que o incidente foi orquestrado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, para conseguir prender Roman Protasevich – jornalista que se encontrava a bordo e que estava em exílio – e que se arrisca a 15 anos de prisão.

Agora, um novo email vem enfraquecer ainda mais as justificações apresentadas pelo regime bielorrusso, que alertou a tripulação de cabine após receber uma suposta ameaça de bomba por email que teria sido enviada pelo Hamas. No entanto, um porta-voz do grupo militante palestino negou o envolvimento.

“Não encontramos evidências confiáveis ​​de que as alegações bielorrussas são verdadeiras”, referiu a ProtonMail, uma provedora que trabalha com assuntos de privacidade, em comunicado.

Segundo o The Washington Post, a hora presente no email indica que este foi enviado 24 minutos depois de ter sido dada ordem para o avião pousar em Minsk.

Na segunda-feira, os líderes europeus proibiram as companhias aéreas de sobrevoar a Bielorrússia e impediram a companhia aérea nacional do país, a Belavia, de sobrevoar ou aterrar em território europeu.

Por sua vez, o Kremlin, um aliado fundamental de Lukashenko, classificou as medidas punitivas como “lamentáveis” e “precipitadas”.

Na quinta-feira, a Rússia deu sinais mais visíveis como forma de apoio à Bielorrússia, um país que Moscovo considera vital para a sua esfera de influência.

De acordo com o The Guardian, o país recusa agora permitir que aviões europeus voem para Moscovo. As autoridades da aviação russa forçaram a Austrian Airlines a cancelar o seu voo de Viena para a capital russa. Já a Air France também se viu obrigada a cancelar o voo Paris-Moscovo pelo segundo dia consecutivo.

Ao WP, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou comentar os cancelamentos, direcionando as responsabilidades para as autoridades da aviação porque “a administração presidencial não controla o tráfego aéreo”.

Num momento de grande tensão com a Europa, Lukashenko planeia encontra-se esta sexta-feira com o presidente russo Vladimir Putin em Sochi, um resort russo no Mar Negro. Esta é mais uma demonstração do apoio russo ao regime da Bielorrússia.

Ana Isabel Moura, ZAP //

4 Comments

  1. Onde houver uma ditadura, lá está Putin e a Russia a apoiar. A Russia já declarou guerra à democracia e aos paises democratidos europeus e aos EUA, só que nós ainda não sabemos, por enquanto ataca-se na calada com metodos do KGB, a pirataria informatica é por agora a forma de guerra que eles usam sem qualquer resposta da outra parte. Desde que se deixou anexar a Crimeia, atacar na Ucrania , abater um avião civil com centenas de europeus, ja vale tudo e reina a impunidade. Putin irá esticar a corda até ao limite e as medidas que não se tomarem agora terão de ser tomadas e com mais força no futuro. Começa a ser altura de isolar a Russia, não se deram muito bem com a Guerra Fria, talvez seja altura de os lembrar onde é o seu lugar. Poder militar a europa não tem nem vai usar a não ser que seja atacada e talvez nem mesmo assim, teriam de ser os EUA a nos vir salvar de novo, mas temos poder económico, nós compramos produtos a essa gente … não é com sancões contra meia duzia de pessoas que isto lá vai .

  2. Lukashenko e Putin são duas peças herdadas do comunismo soviético e dos métodos do KGB, este desvio é mais uma manobra cozinhada entre ambos, a única solução será isolá-los cada vez mais do mundo livre!

  3. O governo chinês vai revelando o seu apetite voraz, depois de ter passado as últimas décadas a infiltrar, a atrair e devorar as industrias mundiais, tem andado a comprar os pontos mais estratégicos da economia mundial e agora já anda abertamente no seu expansionismo a apropriar-se de areas estratégicas de recursos economicos e militares.
    O governo do Putin tenta fazer o mesmo á tipica maneira russa, eliminar á bruta os obstáculos no seu caminho de cobiça e ambição de poder.
    Para eles as regras, tratados e direitos só são úteis se forem favoráveis aos seus propósitos, senão, são letra morta!
    A única força que conhecem é a da violencia das mortes de opositores pelos capangas e agentes secretos, dos armamentos, exércitos, exercicios militares de exibições e ameças grosseiras de exterminios em larga escala.
    E ainda há “pacifistas” por estas bandas que os defendem!

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