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O adeus dos campeões. Alverca provoca hecatombe “leonina” na Taça de Portugal

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Tiago Petinga / Lusa

O Sporting deixou-se surpreender pelo Alverca na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Os ribatejanos bateram os ‘leões’ por 2-0, num jogo em que Varandas admitiu ter ficado envergonhado.

A caminhada do Sporting na Taça de Portugal não podia ter corrido pior. Detentores do troféu, os ‘leões’ viajaram até Vila Franca de Xira para defrontar o Alverca, segundo classificado da Série D do Campeonato de Portugal. Em teoria, os alverquenses estavam uns furos abaixo da qualidade sportinguista, mas em prática, a realidade foi bem diferente.

O Alverca não estava para brincadeiras e, logo aos dez minutos de jogo, adiantou-se no marcador. Sem aviso prévio, Alex Apolinário armou o pé e desferiu um remate rasteiro, fora da área, que só parou no fundo da baliza. O jovem guarda-redes Luís Maximiano tentou reagir atempadamente, mas a ‘redondinha’ levava fogo.

A resposta do Sporting foi inconsequente, com os comandados de Silas a ameaçar apenas à distância. Ainda antes da primeira parte, o Alverca esteve próximo de fazer o segundo. Por pouco Erik Mendes não fez um golo de levantar o estádio, após o seu remate de pontapé de bicicleta ter sido travado por uma grande intervenção do guarda-redes sportinguista.

As equipas regressaram ao balneário com a diferença mínima no marcador, mas Silas percebeu que precisava de mexer na equipa. Bruno Fernandes rendeu Eduardo Henrique no centro do meio-campo, numa tentativa de que a estrela de Alvalade fizesse uma das suas.

A tentativa de reação dos ‘verdes e brancos’ saiu furada, já que aos 55 minutos de jogo, o Alverca voltou a marcar. Após uma saída desenquadrada de Maximiano, o central Luan Silva aproveitou para atirar para o fundo da baliza. Os ribatejanos fizeram por isso e dilataram a vantagem.

Até ao fim dos 90 minutos, o resultado não voltou a sofrer alterações. O Sporting caiu com estrondo logo na terceira eliminatória da Taça de Portugal, depois de terem vencido a edição anterior.

A vergonha e os insultos

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, disse sentir-se envergonhado com a derrota que ditou a eliminação da equipa da competição. O líder sportinguista tem sido um dos mais visados por parte dos adeptos, recebendo várias críticas pela forma como tem gerido o clube.

“Estamos envergonhados com o que se passou aqui. Não há a mínima desculpa. Estamos envergonhados e este grupo tem de reagir, tem a obrigação de reagir”, disse Varandas, em declarações à imprensa. O presidente do Sporting recusou-se a responder se tinha condições para continuar no cargo.

O treinador sportinguista, Silas, também se mostrou descontente com a eliminação e com a exibição da sua equipa.

A eficácia foi importante, mas não foi só isso. Fizemos 22 remates e nenhum golo, isso não é muito normal. Mas há outra parte que tem a ver com o facto de alguns jogadores não terem estado connosco durante a semana e não terem trabalhado aquilo que queremos trabalhar. A segunda parte foi pior do que a primeira, porque houve alguns posicionamentos que não foram cumpridos”, disse.

“Nós não precisamos de heróis, precisamos de construir uma equipa. Uma equipa demora a construir, mas queremos resolver os problemas como equipa, e não com individualidades. Vamos conseguir implementar isso de certeza absoluta. Vai demorar, mas vamos conseguir”, acrescentou.

Silas reconheceu alguns pontos positivos da partida desta quinta-feira, nomeadamente a forma como saíram a jogar de trás. Contudo, realça que, em geral, a exibição foi insatisfatória e que os adeptos têm razões para estar desapontados.

Os adeptos estão desiludidos e com razão. Temos de aceitar a crítica quando ela é merecida e é merecida. Mas não vamos deixar influenciar-nos. Vamos alterar detalhes mais pequenos do que as pessoas pensam”, explicou.

Dezenas de adeptos esperaram a equipa na chegada a Alvalade, obrigando um forte contingente policial a mantê-los à distância. Ouviram-se vários insultos aos jogadores e, principalmente, apelos à demissão de Frederico Varandas.

ZAP //

1 Comment

  1. Não existe lugar a desculpas, andaram na primeira parte praticamente a jogar no meio campo adversário, no entanto com um jogo atrapalhado, pouco convicto e com botas de chumbo, a segunda parte não vi porque gosto pouco de ver dar pancada em mortos. Mudem o disco porque este já não serve e parece-me que o salário que recebem exige mais responsabilidade e qualidade.

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