A situação pandémica evoluiu e o Governo optou pelo fecho das escolas. A decisão levou à necessidade de um ajustamento no calendário escolar de modo a suprir os 11 dias de pausa forçada. Este ano não há férias de Carnaval e as de Páscoa só irão durar três dias.
Os alunos regressam ao ensino online a partir de dia 8, já na próxima segunda-feira. Agora, o ajuste do Ministério da Educação indica que não haverá férias de Carnaval (que estavam previstas de 15 a 17 de fevereiro) e as da Páscoa serão encurtadas para apenas três dias, (entre 29 de março e 1 de abril), quando o período que estava previsto ia de 25 de março a 5 de abril.
Esta foi a forma encontrada pelo Ministério da Educação para tentar assim compensar os 11 dias de pausa forçada por causa da pandemia.
Os exames do ensino secundário podem ser adiados à semelhança do que aconteceu no ano passado. Esta possibilidade é aberta pelo próprio Ministério da Educação numa comunicação enviada esta terça-feira às escolas.
As restantes provas nacionais de escolaridade obrigatória também podem sofrer mexidas tendo em conta as mudanças nos calendários letivos a que a pandemia obrigou nas últimas semanas. A decisão final é tomada durante a próxima semana, avança o Público.
As provas de aferição, que se realizam no 2.º, 5.º e 8.º anos, têm início previsto para Maio, prolongando-se até meados de Junho. Já a 1.ª fase das provas finais do 9.º ano está agendada para 17 a 25 de Junho. A 17 de Junho têm também início marcado os exames nacionais do ensino secundário, prolongando-se a 1.º fase até 6 de Julho.
Para já, o Ministério da Educação preparou o regime não presencial das aulas, já que nesta fase da pandemia ainda não é possível a reabertura das escolas. E nas recomendações que faz aos estabelecimentos de ensino lembra que é precisa ter em conta vários cuidados.
A tutela realça que o tempo de atenção dos alunos e a fadiga de ecrã, variável em função das idades, estilos de aprendizagem e ritmos de diferentes turmas deve ser tida em conta para que estes não se sintam sobrecarregados.
É pedido uma diversificação de metodologias ao longo de cada aula, estimulando-se a atenção, o trabalho individual e em pares e acautelando-se a o excessivo recurso a métodos unidirecionais, seguindo-se as sugestões da UNESCO sobre a duração das unidades com base na capacidade dos alunos.
De acordo com o Governo, deve ainda ser feito um acompanhamento efetivo dos alunos nas aprendizagens desenvolvidas ao longo de cada semana.
Por fim, deve haver uma constante monitorização pelas estruturas das escolas da eficácia das opções tomadas para a maximização das aprendizagens dos alunos.
A par das aulas à distância, o ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues recorda que todos os conteúdos do #EstudoEmCasa estão disponíveis, tanto na RTP Memória como no RTP Play e na app.
Ficámos quinze dias a lamber as botas e o chão das nossas casas, porque este Ministério da Educação, aliado a outras entidades supostamente”boas”, não foi capaz de providenciar o tão necessário Ensino Online nesta altura tão crítica da pandemia. Agora, desconta nas férias. Palhaço de merda.
O que é que o governo ainda não aprendeu em relação ao ensino online? Qual o drama? Havendo as devidas pausas, é uma forma de ensino como outra qualquer, dada a situação em que estamos a viver, ainda para mais devido às políticas enveredadas no final do ano 2020, em combinação com o incomprimento dos cidadãos — estando todos os portugueses a pagar a fatura.
Férias? Com os atrasos no ensino é esta a preocupação? No minimo ridiculo! — Necessitamos das aulas online o quanto antes, e dos exames, sem dramas e desculpas.
Concordo contigo, Pedro. Aliás, escrevi quase a mesma coisa. 🙂
Este Brandão Rodrigues é um rasquido tão grande que me custa entender como é que está por trás de todas os estabelecimentos de ensino. Parece que não gosta do ensino online, mas é melhor do que estar quinze dias em casa a fazer nada, e do que ir à sala de aula (física) apanhar a porcaria do Covid.
Sabes Pedro, a mim faz-me e sempre me fez confusão a noção “são jovens” logo não lhes acontece! Nunca li nada que indicasse isso.
Radical ou não, prefiro ter os filhos em casa a aprender, sem correr riscos e os conteúdos são os mesmos do que os expor a perigos desnecessários — sim, no meu caso específico estão habituados à tecnologia; compreendo que não seja assim para todos os pais; não obstante em vez de iniciativas rumo a solução, vejo entraves e desculpas infantis.
Será que se esquecem que foram eleitos e estão a ser pagos por todos nós? — É que às vezes dá-me a sensação que o conceito “governo” é como se fosse uma entidade que está numa esfera/bolha intocável.
Bem, a educação começa em casa e quero acreditar que todos os país e professores vão dar o seu melhor neste desafio.
É graças a essa descontração que muitos jovens estão nos Cuidados Intensivos.
Não tenho filhos, ando na Universidade, e custa-me muito perceber que este Ministério da Educação nada faz para apoiar quem está em casa e não pode ter aulas presenciais. Pergunto-te, Pedro, para que é que estes quinze dias serviram? Até hoje, ainda não consegui arranjar uma resposta. É lamentável. 🙁
Não existe resposta racional. Existe sim, descuido, insensiblidade, falta de profissionalismo de governantes que estão a ser pagos por nós e a não fazer o que lhes é devido.
Sabes, quando reflicto sobre esta e outras questões, considero que estes ditos governantes deveriam ser sujeitos a avaliação formais, e caso não atingissem os objetivos dessem lugar a outras pessoas competences — como acontece no setor privado.
A falta de responsabilização é gritante! A falta de consequências para os atos, ou neste caso a falta deles é igualmente frustrante.