Almirante ou Seguro? Qual é a posição da maçonaria no apoio aos candidatos?

9

ZAP // António Cotrim, Carlos Barroso / LUSA

Os candidatos presidenciais Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro

Oficialmente, a maçonaria não se mete em política, nem apoia candidatos. No entanto, há tendências conhecidas e os apoios acabam por surgir.

Na semana passada, o Nascer do SOL noticiou que o Grande Oriente Lusitano (GOL) estaria a dar o seu apoio a António José Seguro; e, por seu turno, a Grande Loja Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal (GLLP/GLRP) a Henrique Gouveia e Melo, nas Presidenciais de 2026.

No entanto, as obediências maçónicas nunca se pronunciaram publicamente sobre o apoio aos candidatos.

Ao SOL, um “destacado maçom” explica, no entanto, que as relações familiares (simbólicas e literais) poderão ter peso nos apoios das obediências; e dá o exemplo de Seguro.

O socialista é casado com Margarida Maldonado Freitas, que pertence a uma família com pergaminhos na história do GOL em Portugal.

Os Maldonado Freitas são uma família de farmacêuticos. Segundo o mesmo maçom, essa família “teve muita importância na primeira República”. Até porque, no início do século XX, as farmácias eram um local privilegiado para conspirar.

Como exemplifica o SOL, a farmácia dos Maldonado Freitas, nas Caldas da Rainha, era local habitual de reuniões entre maçons, que na altura tinham um grande peso nos desenvolvimentos políticos da época, “quando a República dava os primeiros passos e as revoluções e contrarrevoluções se sucediam“.

Maçonarias negam apoios

Pedro Rangel, antigo grão-mestre da Grande Loja Simbólica de Portugal (GLSP), diz ao SOL que não faz sentido que a GLSP esteja representada em qualquer uma das candidaturas.

“Eu estive na apresentação oficial da candidatura do almirante Gouveia e Melo, mas outros membros da Loja Simbólica estiveram na apresentação de António José Seguro. E acredito que outros são apoiantes de Marques Mendes. Por isso, não faz o mínimo sentido sermos só nós a estarmos representados nas três candidaturas, os outros também estão”, disse.

O porta-voz da GLLP/GLRP, Tiago Thira Campos, sublinhou, por sua vez, que a ideia de que esta obediência maçónica apoie uma candidatura não faz sentido, à luz dos estatutos que a regulam.

Uma das nossas regras é sermos completamente apartidários. Nos nossos encontros não se fala de política, futebol e religião”, garante.

Apoios acabam por surgir

No GOL, as regras são semelhantes. Ainda assim, outra fonte anónima explica ao mesmo jornal que “o GOL é mais socialista e o GLRP é mais PSD”.

Isso poderia, eventualmente, levar a uma maior concentração de apoios de membros do Grande Oriente Lusitano a António José Seguro e, por outro lado, maior concentração de membros da Grande Loja Regular a Gouveia e Melo.

A mesma fonte admite ainda que – apesar dessa tendência – possa também haver maçons a apoiar outras candidaturas, particularmente a de Marques Mendes.

No entanto, “a distribuição natural é o GOL apoiar Seguro e a GLRP apoiar o Almirante”, reforçou.

Miguel Esteves, ZAP //

9 Comments

  1. A maçonaria vence sempre nas suas escolhas enquanto a histeria socialista continuar.
    Ó Zé povo abre os olhos que já é é mais tempo..

  2. Os Portugueses têm aqui mais uma prova do que é e como se constitui o regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974, como podem ver desde os candidatos presidenciais aos partidos políticos são todos liberais/maçónicos, situacionistas, peões do regime, mantedores do sistema político-constitucional ainda em vigor, ao serviço de uma agenda política, económica, e de engenharia social, com a qual os Portugueses não se identificam e vai contra o Interesse Nacional, a Pátria, e a República.
    Por isso é importante que os Portugueses entendam que é um dever não ir votar, para além de haver fraude eleitoral com os Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal sem qualquer critério ou justificação desde 2012 até à presente data para substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção, votar é não só contribuir para a fraude eleitoral mas também para manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974, e é isso que eles querem.
    Fica assim provado que resolver os graves problemas do País não passa por eleições nem candidatos, os mesmos são uma fraude e estão corrompidos, isto significa que a solução para Portugal não vai passar pela via política mas pela via militar.

    2
    3
  3. Não me admiraria que o Almirante Gouveia e Melo pertencesse à maçonaria. É uma longa tradição entre oficiais generais em Portugal. Gomes da Costa, Norton de Matos, Carmona são alguns exemplos que me ocorrem. É até interessante ver como em 1949 as eleições para Presidente da República puseram frente a frente dois maçons, Norton de Matos e Óscar Carmona, um oposicionista e o outro situacionista. A maçonaria sempre se deu muito bem a jogar dos dois lados do tabuleiro…

Responder a atento Cancelar resposta

Your email address will not be published.