A Alpha Orionis, também conhecida como Betelgeuse, é uma das estrelas mais brilhantes que pode ser vista da Terra. A gigante vermelha é mais jovem do que o Sol, mas a sua vida está a passar rapidamente: já atingiu um estágio que o Sol só deve atingir daqui a alguns mil milhões de anos. Novas imagens da estrela podem ajudar a revelar alguns segredos dessa maturação acelerada.
O Atacama Large Millimiter Array Telescope (ALMA) foi o responsável por captar a primeira imagem da superfície desta estrela. Isso significa que os astrónomos e entusiastas espaciais têm a imagem com maior resolução de todas da gigante vermelha, segundo informações do Observatório do Sul da Europa (ESO).
Além de ser fascinante pelo brilho avermelhado, a Betelgeuse também impressiona porque brilha muito intensamente mesmo sendo tão jovem. Tem apenas 8 milhões de anos, o que significa que é 500 vezes mais jovem do que o Sol.
O seu raio é 1.400 vezes maior do que o Sol. Se estivesse no Sistema Solar da Terra, a sua gravidade seria forte o suficiente para engolir todos os planetas até a órbita de Júpiter.
A estrela está a apenas 600 anos-luz da Terra e, em breve (em termos astronómicos), deve transformar-se numa supernova que será visível da Terra mesmo durante o dia.
Uma pesquisa anterior realizada pelo Very Large Telescope (VLT) da ESO mostrou que a estrela está envolta por uma grande quantidade de gases e que tem uma enorme bolha a borbulhar na sua superfície, que frequentemente fica tão grande que chega a ter o tamanho aproximado da própria estrela.
O VLT captou informações que ajudaram a explicar a enorme libertação de gás e poeira do Betelgeuse e agora o ALMA conseguiu detectar o aumento de temperatura localizado que torna a superfície da estrela desigual.
A sensibilidade do sistema de detecção do ALMA permite que informações mais refinadas sejam obtidas isto porque, ao contrário de vários telescópios que observam luzes visíveis, a coleção de 66 antenas que compõem o ALMA detectam comprimentos de onda de rádio e consegue penetrar nos gases e poeira que atrapalham outras observações.
ZAP // HypeScience
Betelgeuse está a ponto de explodir em termos espaciais. Essa estrela estará visível a partir do dia 21 de dezembro aqui no hemisfério Sul. Pela imagem, dá pra perceber que a camada externa da estrela está se expandindo. Betelgeuse é uma super gigante vermelha de menor luminosidade, ou seja, o núcleo está esfriando e vai se contrair, causando uma explosão. E depois disso, não vai se tornar buraco negro. Uma estrela só se torna buraco negro, se ela for uma hiper gigante, isto é, uma Super Gigante extremamente luminosa, enquanto Betelgeuse é uma Super Gigante de menor luminosidade. Então, ela vai virar uma pequena e densa estrela de nêutrons ou pulsar.