Alisher Usmanov, oligarca russo, diz que conseguiu contornar as sanções

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Vladimir Putin com Alisher Usmanov

As declarações de um porta-voz de Usmanov à BBC puseram mais uma vez em causa as medidas punitivas contra indivíduos ligados ao regime de Vladimir Putin, temendo-se que a maioria tenha alienado legalmente os seus bens antes de as sanções serem aprovadas.

Muitos dos bens e propriedades de Alisher Usmanov no Reino Unido foram protegidas pelo próprio antes de ser sancionado pelo país, revelou esta terça-feira um porta-voz do oligarca, apontado como o “homem de fachada” de Putin.

As declarações de um porta-voz de Usmanov à BBC puseram mais uma vez em causa as medidas punitivas contra indivíduos ligados ao regime de Vladimir Putin, temendo-se que a maioria tenha alienado legalmente os seus bens antes de as sanções serem aprovadas.

O porta-voz do magnata dos metais — cuja fortuna em Londres está estimada em cerca de 18,4 mil milhões de dólares — explicou que a maioria das suas propriedades no Reino Unido, incluindo uma luxuosa mansão em Londres, “foram há muito transferidas para trusts irrevogáveis”, avança a agência de notícias EFE.

“A partir dessa altura, Usmanov já não as possuía [as propriedades], nem podia geri-las ou negociar a sua venda, só podia utilizá-las para fins de aluguer. Ele retirou-se como beneficiário e doou os direitos do beneficiário à sua família“, disse.

O mesmo aconteceu, segundo a fonte, com um super iate avaliado em quase 600 milhões de dólares que a Alemanha apreendeu pouco depois de a invasão russa da Ucrânia ter começado.

A 3 de março, Londres anunciou que estava a congelar os bens de Usmanov no Reino Unido e a proibi-lo de entrar no país por causa dos seus fortes laços a Putin.

Os peritos acreditam que se o oligarca não for o proprietário legal destes bens, as sanções aprovadas pelo Executivo britânico não afetarão em nada a sua fortuna.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

// LUSA

1 Comment

  1. A ver se Jerónimo de Sousa e seus próximos se convencem finalmente de que Rússia não é comunista, e se finalmente condena o regime russo com os seus FDPutin !
    Ou será que não quer abrir os olhos ?

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