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Aliança. Ata da eleição de Paulo Bento não terá chegado ao TC (e críticos admitem apresentar queixa)

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António Cotrim / Lusa

Vários militantes do partido de Aliança estão a subscrever um “manifesto aberto” para forçar a direção política nacional a convocar um congresso eletivo com carácter de urgência. Além disso, admitem apresentar uma queixa ao Tribunal Constitucional (TC).

De acordo com o jornal Público, vários militantes críticos alegam que o partido está a funcionar de “forma irregular” por “haver órgãos que se demitiram”, como a mesa do congresso.

Alem disso, acusam a direção nacional de ainda não ter feito chegar ao Tribunal Constitucional (TC) a ata relativa à eleição do novo presidente da Aliança, necessária para validar a direção de Paulo Bento. Assim, alegam, o presidente do partido continua a ser Pedro Santana Lopes, apesar de já se ter desfiliado.

O matutino apurou ainda que “o último documento do partido Aliança que deu entrada tem a data do dia 8 de agosto de 2019 e diz respeito a um pedido de um conjunto de certidões de contestação do partido para efeitos de eleições na Madeira”, declarou uma fonte oficial do TC, assegurando que nenhum outro documento do partido deu entrada depois dessa data e que as certidões solicitadas foram enviadas no dia seguinte.

Paulo Bento, presidente do Aliança, recusa as críticas e garante que “todo o processo está tratado com o Tribunal Constitucional”, acrescentando que existe “um problema” no tribunal. “Isso não é connosco”, garantiu.

Questionado sobre o manifesto que exige a convocação de um congresso eletivo, o líder da Aliança respondeu: “Não vou convocar nenhum congresso, porque o partido tem órgãos legitimamente eleitos; e eu não perco tempo com meia dúzia de pessoas que não têm nenhuma legitimidade”.

Quanto ao manifesto que diz que “num partido democrático são os militantes que elegem os órgãos nacionais de forma legal, regulamentar e prevista nos estatutos”, Paulo Bento desvaloriza-o.

O antigo vereador da câmara de Torres Vedras Paulo Bento substituiu Pedro Santana Lopes como presidente do partido Aliança após a eleição no congresso de setembro de 2020. O fundador e ex-presidente da Aliança desfiliou-se do partido que fundou em 2018, justificando que “chegou o momento” de sair.

ZAP //

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