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Alexandria, a imigrante latina que pode vir a ser a pessoa mais jovem no Congresso dos EUA

@josealvarado / Alexandria Ocasio-Cortez / Facebook

Alexandria Ocasio-Cortez acabou de derrotar nas primárias do partido democrata um dos políticos mais influentes dos EUA

Alexandria Ocasio-Cortez derrotou, esta terça-feira, nas primárias do partido democrata um dos políticos mais influentes dos EUA. Caso vença as eleições intercalares de novembro, será a candidata mais jovem a chegar ao Congresso.

Filha de uma empregada de limpeza porto-riquenha e de um pequeno comerciante do bairro nova-iorquino do Bronx, há uns tempos, Alexandria Ocasio-Cortez poderia não imaginar a volta que a sua vida ia dar.

Esta terça-feira, a “nova sensação democrata” conseguiu derrotar nas primárias do partido Joe Crowley, um dos democratas e políticos mais influentes dos EUA e que estava há dez mandatos na Câmara dos Representantes, escreve a Renascença.

Formada em Economia e Relações Internacionais pela Universidade de Boston, a democrata de 28 anos chegou a trabalhar como empregada de um bar em Manhattan para evitar que a mãe fosse despejada.

Segundo a rádio, o “bichinho da política” apareceu cedo, tendo feito parte da equipa do senador Ted Kennedy e tendo participado na campanha presidencial de Bernie Sanders. Agora, mais concretamente em novembro, Alexandria vai concorrer nas eleições intercalares para o Congresso. Se vencer, será a candidata mais jovem a lá chegar.

“Não é suposto mulheres como eu concorrerem ao Governo”, afirmou a democrata aos jornalistas, depois de se recompor da surpresa dos resultados da noite eleitoral – venceu com mais de 57% dos votos.

Em entrevista à CNN, Alexandria considera que venceu porque tinha uma mensagem muito clara: “fomos bater a portas que nunca tinham sido batidas, falámos com comunidades que são habitualmente desvalorizadas e essas pessoas responderam“.

Em declarações à MSNBC, a norte-americana recordou que começou a corrida eleitoral há “nove meses apenas com um saco de papel com panfletos”. “Concorri porque achei que a nossa mensagem podia ser melhor, o nosso partido podia ser melhor, o nosso país pode ser melhor”, cita a Renascença.

De acordo com o Expresso, depois da morte do pai, Alexandria via a mãe limpar casas, enquanto conduzia autocarros escolares, para sustentar a família. “Entendo bem o sofrimento dos americanos das classes mais baixas porque foi aí que cresci”, afirmou.

Durante a campanha, Alexandria reivindicou um serviço nacional de saúde alargado, uma escola pública para todos, defendeu a política do “emprego universal”, que prevê que o Governo federal encontre um emprego para cada cidadão, e pediu o fim da Agência de Controlo de Imigração (ICE), bastante criticada pela forma como trata os imigrantes.

Questionada sobre a forma como o seu partido atua atualmente, a jovem considera que, se quiser vencer as intercalares de novembro e as Presidenciais de 2020, “tem de chegar aos jovens, a pessoas que não votam, a zonas maioritariamente de cor, onde o inglês é a segunda língua, a pessoas que têm dois empregos”, cita a rádio.

ZAP //

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