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Descobertas aldeias “cósmicas” perdidas na floresta amazónica

University of Exeter

Imagem tiradas do helicóptero usado para sobrevoar a floresta amazónica.

Uma equipa de investigadores encontrou um grupo de aldeias antigas na floresta amazónica, todas elas em forma circular e conectadas por estradas.

A descoberta foi possível graças a uma análise de helicóptero que recorreu ao LIDAR – uma tecnologia que permite determinar a distância desde um emissor laser até uma superfície, obtendo uma nuvem de pontos 3D do cenário em que se encontra, com uma precisão muito elevada.

Não só foram identificadas 35 aldeias circulares datadas de 1300–1700, mas todas as povoações estão ainda ligadas por uma rede de antigas estradas retas. O estudo foi publicado recentemente na revista científica Journal of Computer Applications in Archaelogy.

Escavações arqueológicas anteriores já tinham revelado a presença de vilas circulares, mas este novo estudo detalha como todas as aldeias se concentram em torno de uma série de montes com estradas radiantes a conectá-las.

Os investigadores sugerem que os povos amazónicos mantinham “modelos sociais e arquitetónicos altamente definidos de como organizavam as suas comunidades”. O termo “aldeias cósmicas” deriva do facto de o padrão circular poder ser “um reflexo de como os antigos americanos entendiam o Espaço, com constelações estelares a mover-se à volta da Terra”.

Citado pela Ancient-Origins, o autor do estudo, Jose Iriarte, diz que “pode ter representado o cosmos”.

O diâmetro das aldeias variava entre 40 e 153 metros e todas elas eram cercadas por praças centrais. Cada aldeia é conectada por estradas retas e submersas com margens altas, que irradiam dos montes centrais das aldeias.

Além disso, a maioria das aldeias tem um par de estradas principais mais profundas e mais largas alinhadas nas direções norte e sul.

Não apenas as suas localizações e alinhamentos refletem princípios cósmicos, mas também aderem a medições cuidadosamente calculadas na paisagem, de “2,5-3 km e 5-6 km entre os locais”, detalham os autores.

Daniel Costa, ZAP //

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