Aldeia milenar encontrada nos subúrbios da Cidade do México

Pixabay

Complexo arqueológico de Teotihuacán (México)

Arqueólogos desenterraram esqueletos humanos e restos perdidos de uma aldeia de Teotihuacan, no coração da Cidade do México. É uma aldeia milenar.

Escavações recentes, levadas a cabo na Cidade do México, capital mexicana, encontraram uma aldeia que estava “perdida” há 1500 anos.

Cerâmicas encontradas naquele local, situado a 2,4 quilómetros do centro da cidade, indicam que a aldeia data de aproximadamente 450 a 650 d.C. e pode ter alojado uma grande comunidade de artesãos.

O assentamento recém-escavado, como explica o Live Science, poder-se-á ter formado, entre 100 e 650 d.C., durante a “ruralização” de Teotihuacan – o maior centro urbano da Mesoamérica, que floresceu nas terras altas do que é agora a Cidade do México.

“A descoberta é rara porque ocorreu num contexto totalmente urbanizado onde a possibilidade de encontrar evidências arqueológicas associadas à cultura Teotihuacan era muito baixa”, explicou, ao Live Science, Juan Carlos Campos-Varela, arqueólogo no Instituto Nacional de História e Antropologia do México, que liderou a escavação.

A escavação desenterrou ainda três enterros humanos contendo os esqueletos de dois adultos e uma criança.

As primeiras pistas sobre a existência desta aldeia foram feitas na década de 1960, pelo arqueólogo Francisco González Rul, durante obras na capital mexicana.

Pensa-se que a aldeia encontrada possa ter sido uma das várias que sustentavam através da agricultura de subsistência e da pesca, mantendo laços comerciais com Teotihuacan.

Com base nas cerâmicas que desenterrou, há mais de 50 anos, Francisco González Rul já tinha sugerido que ali teriam habitado pescadores e coletores autossuficientes.

As cerâmicas agora encontradas podem revelar informações importantes sobre o comércio com Teotihuacan, disse, ao Live Science, Michael Smith, diretor do Laboratório de Pesquisa Teotihuacan na Universidade Estadual do Arizona.

“Para decorar as paredes das suas casas e templos, os Teotihuacanos usavam a mesma técnica de afresco usada por Michelangelo para pintar a Capela Sistina”, acrescentou o professor de arqueologia.

Como explica o Live Science, grande parte da arquitetura expansiva de Teotihuacan permanece enterrada, mas o local está em grande parte não afetado pela construção moderna e acabará por ser desenterrado na sua totalidade.

ZAP //

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