O diretor do Serviço de Infeciologia do Hospital de São João, no Porto, António Sarmento, afirmou que as ajudas do Estado à companhia aérea TAP davam para construir vários hospitais.
À Renascença, o médico indicou que é “muito importante que o Governo desse sinais de que vai providenciar os meios materiais, físicos e de recursos humanos, para que isso nunca aconteça”.
“Eu não percebo nada de economia, até pode haver uma razão fortíssima para meter 1.500 milhões de euros numa empresa que está falida e dá prejuízo. Pode haver. Mas acho é que o Governo tem de nos explicar as suas opções, porque é que o vai fazer, porque com esse dinheiro fazia quatro ou cinco hospitais bons”, referiu.
Sobre as soluções do Tribunal de Contas (TdC) para a recuperação das consultas e das cirurgias, referiu que os incentivos são positivos, mas deviam traduzir-se no pagamento de trabalho extraordinário, para além das 40 horas semanais, e não como um prémio.
Quanto ao trabalho do Hospital de São João – segundo o TdC um dos melhores a garantir a atividade não urgente durante a primeira vaga da pandemia – António Sarmento disse que “tem-se feito um esforço de adaptação, de separação de circuitos e de doentes (suspeitos de covid e os outros) tratando os doentes positivos quer em enfermaria, quer em cuidados intensivos, mas até agora não esgotamos as camas para os outros doentes”.
“Em vez de trabalharmos até às 17:00 vamos até às 20:00 para podermos distribuir os doentes e evitarmos tanta gente nas salas de espera”, contou, acrescentando: “em parte nenhuma do mundo se vai conseguir manter a mesma atividade que se tinha antes da covid, nem nos melhores países da Europa com os melhores sistemas de saúde”.
Em Portugal, morreram 2.635 pessoas dos 149.443 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A pandemia já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, de acordo com a pela agência AFP.
Senhor Diretor O diretor do Serviço de Infeciologia do Hospital de São João, no Porto, diga antes se todas as ajudas feitas á TAP desde há dezenas de anos fossem aplicadas na Saúde hoje estaríamos melhor, ou os anos anteriores de ajuda à TAP não contam? Não houve um único governo que não tenha dado dinheiro á TAP e a RTP que poderia ter sido mais bem empregue na Saúde, Educação, Segurança e até na protecção da Floresta.
Senhor director, parte do que diz é uma verdade, em vez de torrar dinheiro deviam ter sido construídos novos hospitais. Já quanto à outra parte é um cliché já muito esgotado. Está mais que provado que os recursos ao dispor dos hospitais estão sub utilizados, equipamentos de análises, farmácias, radiografias, tac, etc, para não falar das salas de operação. Presumo que isso seja resolvido quando houver uma separação plena do que é público do que é privado e de quem trabalha no público não poder trabalhar no privado.
Governo tem um micro pacote de medidas para os próximos 4 meses…. O estado de emergência vai permitir obrigar alocar recursos humanos do privado para o público a tempo das eleições… No fim de 4 meses voltamos ao normal miserável a que está condenada a saúde…. Já agora a maioria dos portugueses votou numa esquerda que queria nacionalizar a TAP e colocar milhões tanto na SATA como na TAP e no novo banco, ou seja, os portugueses votaram para não existir investimento na saúde e por assim dizer estamos como a maioria deseja…por isso quem sou eu para criticar aquilo que a maioria deseja? Já está haver muitas mortes em Portugal, mortes não covid que não são noticiadas! Mas a maioria dos portugueses votou nisto não podemos reclamar!