Águia triunfa aos repelões

António Cotrim / Lusa

Emoção não faltou neste jogo na Reboleira, com cinco golos e incerteza no resultado até final. A primeira parte foi interessante, bem jogada, mas a segunda teve tudo menos qualidade, com jogadas estranhas, muita bola pelo ar e duelos individuais.

Fica o resultado, com os “encarnados” a marcarem três golos, mas a cometerem alguns erros que deram ao Estrela a possibilidade de se manter na discussão dos pontos até ao derradeiro apito — e um sinal de alarme com nova lesão de Di María.

Que primeira parte animada. O Benfica entrou de rompante e marcou dois golos nos dez primeiros minutos, por Otamendi e Pavlidis, este com ajuda decisiva de Issiar Dramé.

Os “encarnados” progrediam e trocavam a bola sem grande pressão contrária, mas o Estrela empatou por Diogo Travassos, num remate que desviou em Otamendi e traiu Trubin.

Contudo, a instabilidade defensiva dos homens da Reboleira permitiu a Manu Silva, em estreia a titular, assistir Pavlidis para o bis do grego. O Benfica fez três golos em três remates enquadrados, dando expressão ao seu domínio.

A segunda parte não teve metade da qualidade da primeira. Muito jogo aos repelões, bolas pelo alto, poucas ideias, organização e caos instalado. O único golo nesta fase pertenceu a Chico Banza, após um passe mal medido de Trubin que obrigou Pavlidis a errar.

Até final os “encarnados” poderiam ter dilatado de grande penalidade, mas Arthur Cabral permitiu a defesa a Marko Gudžulić.

Realce na etapa complementar para uma aparente lesão muscular de Di María, que teve de ser substituído aos 69 minutos.

António Cotrim / Lusa

O Jogo em 5 Factos

1. “Águia” alérgica a cruzamentos

Num jogo de combinações ofensivas, muitas pelo meio, e algo caótico no segundo tempo, de realçar o número anormalmente baixo de cruzamentos de bola corrida por parte do Benfica. As “águias” chegaram a este jogo com uma média de 16 centros por jogo, mas fixou o seu novo mínimo na competição: três.

2. Estrela sem cantos

O Benfica conseguiu limitar muito o jogo ofensivo do Estrela, tirando os dois lances dos golos. A verdade é que os amadorenses terminaram a partida sem qualquer pontapé de canto.

3. Mais Benfica na área

Esta estatística não surpreende geralmente nos jogos dos “grandes”, mas é quase sempre um explicador da tendência de uma partida. O Benfica somou 21 acções com bola na área contrária, mais 13 do que os homens da casa.

4. “Águia” dominou pelos ares

Tanto nos momentos defensivos como ofensivos, os “encarnados” estiveram bem melhor nos duelos aéreos. Em seis defensivos ganharam 67% e em 16 ofensivos levaram a melhor em 62%.

5. Visitantes com mais flagrantes

No final a diferença entre as duas equipas era clara no número de ocasiões flagrantes criadas. O Estrela somou uma (que deu golo), o Benfica usufruiu de cinco, tendo desperdiçado três, duas por Arthur Cabral.

Melhor em Campo

O guarda-redes sérvio Marko Gudžulić só na parte final do jogo ultrapassou “ao sprint” a concorrência nos ratings, muito por culpa da grande penalidade que defendeu a remate de Arthur Cabral. Gudžulić terminou a partida com cinco defesas, uma a travar uma ocasião flagrante.

Resumo

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