Águia sofre para bater bravos rioavistas

Manuel de Almeida / Lusa

O Benfica não teve tarefa fácil – como o resultado final poderá levar a crer – para levar de vencida o Rio Ave no duelo da 17.ª jornada do campeonato, que decorreu neste domingo no Estádio da Luz.

A formação de Vila do Conde exibiu-se num plano elevado no palco “encarnado”, mandou no encontro, viu duas bolas serem travadas pelos ferros e apenas abanou quando se viu reduzida a dez elementos.

Os campeões nacionais, que voltaram a ser “bipolares” – pouco reactivos, previsíveis –, embalaram a acabaram por disparar no marcador.

Guga abriu a contagem, Di María empatou, António Silva, o estreante Marcos Leonardo e João Mário foram os goleadores de serviço. Ao intervalo o marcador registava um empate a um golo que penalizava o Rio Ave.

Os forasteiros foram a única equipa, na verdadeira acepção, da palavra, defenderam em bloco e deixaram a nu as inúmeras fraquezas “encarnadas” sem a bola com, por exemplo, as incursões de Costinha e de Fábio Ronaldo, que não eram acompanhados por João Mário e Di María, respectivamente, deixando muitas vezes os visitantes em superioridade numérica no último terço do terreno.

O lance do golo de Guga é uma amostra fiel da forma como os comandados de Luís Freire exploraram, sem qualquer tipo de pressão, os três corredores e Guga surgiu sem marcação na área para atirar a contar.

Não fossem as intervenções de Trubin, autor de três defesas que evitaram 1,2 golos (defesas – xSaves), aos 16 e 24 minutos, e o “placard” teria sido ampliado.

Numa espécie de excepção ao oásis no deserto de ideias dos campeões nacionais, Rafa – sempre ele – acelerou e assistiu Di María para o empate. Até ao intervalo, nota para uma defesa monstruosa de Jhonatan que travou um “tiro” de João Mário.

Formado no Seixal, Guga era o elemento com melhor nota neste período, um GoalPoint Rating de 6.5. O médio registava três remates, um golo, 44 acções com a bola, três recuperações de posse e sete perdas.

No reatamento, os rioavistas continuaram a ditar o ritmo da partida e rondaram o golo em dois lances que nasceram no flanco direito, no primeiro Costinha centrou, o poste travou o cabeceamento de Boateng, dois minutos volvidos, novo cruzamento do ala direito e desta feita João Graça acertou no poste.

As “águias” ripostaram com Arthur Cabral a aquecer as luvas de Jhonatan.

No espaço de nove minutos, Aderllan Santos foi admoestado com dois cartões amarelos e deixou os visitantes reduzidos a dez elementos, e o domínio “encarnado” ganhou expressão.

António Silva assinou o 2-1, Marcos Leonardo estreou-se em grande e ampliou a vantagem na primeira vez que tocou na bola e, já no período de descontos, João Mário fez o quarto tento.

Foi o sétimo triunfo seguido do Benfica em todas as provas, já o Rio venceu apenas um dos último sete encontros em que marcou presença e fora de casa continua sem vencer, somando três empates e sete desaires.

Melhor em Campo

Tal como na Amoreira, António Silva marcou um golo que acabou por ser decisivo. Além do remate certeiro, o jovem central foi eficiente nos passes – três falhados em 73 tentados (eficácia de 96%), obteve 84 acções com a bola, venceu cinco duelos, perdeu dois, recuperou a bola em nove ocasiões, perdeu-a em três e chegou às seis acções defensivas.

António Silva foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.5.

Resumo

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