Aglomerados de proteínas: descobertas pioneiras na luta contra a doença de Huntington

Um investigador da Universidade de Bergen, na Noruega, está entre os primeiros cientistas a dar uma descrição detalhada dos aglomerados de proteínas associados à doença de Huntington.

A doença de Huntington é uma doença fatal causada por uma mutação hereditária que faz com que uma proteína forme aglomerados não naturais, que desempenham um papel no desenvolvimento de doenças.

Até agora, os cientistas não tinham uma boa compreensão de como se pareciam ao nível atómico.

No entanto, juntamente com uma equipa internacional de investigadores, Markus Miettinen combinou simulações de computador avançadas e métodos experimentais e conseguiu visualizar a primeira imagem detalhada destes aglomerados.

“Usamos simulações de computador avançadas para imitar o comportamento destas moléculas da forma mais realista possível. O nosso trabalho preenche a lacuna entre simulações e experiências, e dá-nos informações sobre dados que, de outra forma, seriam difíceis de interpretar”, explicou o investigador Markus Miettinen.

“Além das novas informações sobre a doença de Huntington, desenvolvemos ferramentas que tornam as simulações moleculares mais acessíveis aos investigadores de todo o mundo”, acrescentou ainda o especialista, citado pelo EurekAlert.

Este tipo de aglomeração de proteínas não é conhecido apenas no âmbito da doença de Huntington. Tem também ligação com outras doenças neurológicas, nomeadamente Alzheimer e Parkinson.

O artigo científico foi publicado, no final do ano passado, na Nature Communications.

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