Ao meio-dia, a afluência às urnas era de 18,83% dos eleitores elegíveis para voto. Isto significa um decréscimo em comparação com as últimas legislativas de 2015.
Em comparação com as eleições legislativas de 2015, a afluência às urnas desceu. Até às 12h00, apenas 18,83% das pessoas tinham ido votar. Há quatro anos, tinham ido votar 20,66% dos eleitores. Os dados oficiais foram revelados pelo Ministério da Administração Interna.
A abstenção já tinha sido um problema a combater definido por todos os políticos, tendo em conta o agravamento nos últimos anos.
Contactado pela agência Lusa, o porta-voz da CNE, João Tiago Machado, afirmou que o processo eleitoral está a decorrer dentro da normalidade.
“Os pedidos de esclarecimento que têm havido enquadram-se dentro do normal de um dia pacífico de eleições”, afirmou João Tiago Machado.
Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas, concorrendo a estas eleições um número recorde de forças políticas — 20 partidos e uma coligação — embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais.
Nestas eleições, há quatro partidos novos – Aliança, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Chega, Iniciativa Liberal, sendo a única coligação a CDU, que junta PCP e PEV e independentes.
As principais figuras dos partidos já foram votar, com todos a apelarem ao direito de voto dos portugueses. Marcelo Rebelo de Sousa deixou ontem o apelo ao voto, algo que “parece justo e mesmo urgente”. Também o primeiro-ministro António Costa apelou a “uma grande participação eleitoral” de todos os cidadãos, esperando que “cada um faça a escolha que, obviamente, deseja fazer”.
O líder do PSD, Rui Rio, defendeu que se nenhum partido agrada, a melhor solução não é não ir, mas sim votar em branco. “No limite, se não gostam de nenhum partido votem em branco”, defendeu Rio, para quem “a partir de determinados níveis, a abstenção é inimiga da democracia”. “Participar, ir, é um dever de todos”, frisou.