Há estudos que vaticinam que os ursos polares vão desaparecer do planeta daqui a 50 anos, extintos pela fome, por causa do degelo no Ártico, mas uma nova investigação dá esperança à espécie graças a uma nova dieta alimentar.
As focas são o prato preferido dos ursos polares, cuja sobrevivência tem sido posta em causa por causa do degelo que está a terminar com alguns dos seus territórios privilegiados de caça.
No entanto, uma equipa de investigadores apurou que estes grandes carnívoros já estão a mudar a sua alimentação, nomeadamente virando-se para as renas e para os gansos de neve. Embora não estejam especialmente adaptados para a caça em terra, esta mudança pode, afinal, garantir-lhes a vitória contra a extinção.
“Os ursos polares são oportunistas e está documentado que consomem vários tipos e combinações de alimentos com base em terra nos registos mais antigos da história natural”, refere o investigador Robert Rockwell, do Museu Americano de História Natural, à Europa Press.
Robert Rockwell estuda a ecologia do Ártico na Baía Hudson há quase 50 anos e assina, juntamente com Linda Gormezano, também do Museu Americano de História Natural, um estudo publicado em junho na revista PLoS ONE que inclui novos dados que dão sinais de que os ursos polares podem sobreviver ao degelo.
A análise dos dois investigadores baseia-se em cálculos com a energia calórica fornecida por alimentos terrestres e as contas indicam que as estadias prolongadas dos ursos em terra podem não ser, afinal, tão negativas para o seu futuro e para a sua sobrevivência, como se pensava.
“Análises às fezes dos ursos polares e observações em primeira mão mostraram-nos que os ursos polares sub-adultos, grupos familiares, e inclusivé alguns adultos já estão a comer plantas e os animais durante o período livre de gelo”, nota Robert Rockwell citado pelo Europa Press.
ZAP