O processo de entrada e saída de passageiros no aeroporto de Lisboa decorreu este fim de semana com “normalização”, registando um tempo de espera médio de 35 minutos no sábado, anunciou o MAI.
O processo de entrada e saída de passageiros no aeroporto de Lisboa decorreu este fim de semana com “normalização”, registando um tempo de espera médio de 35 minutos no sábado, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).
“Este fim de semana assistiu-se a uma normalização no funcionamento das entradas e saídas de passageiros no aeroporto de Lisboa, muito pelas medidas imediatas implementadas” no âmbito do plano de contingência, adiantou o ministério de José Luís Carneiro em comunicado.
Segundo o MAI, o tempo de entrada no aeroporto de Lisboa no sábado, com um total de 16.127 entradas, correspondeu a uma média de 35 minutos, um “tempo inferior ao alcançado em 2018 de 41 minutos e de 2019 correspondente a 01:06 horas”.
De acordo com o ministério, o tempo de espera pelos passageiros que chegaram hoje à capital também “é seguramente inferior ao registado em anos anteriores”.
Depois de se terem registado esperas de mais de três horas, em 12 de junho, por exemplo, o MAI avançou que, durante todo o fim de semana, e devido ao reforço de elementos do SEF e da PSP, todas as 16 ‘boxes’ de controlo de passageiros funcionaram praticamente o tempo todo, em especial durante as horas de maior fluxo.
“Com o reforço de agentes da PSP previsto para dia 20 de junho, e a gradual implementação das medidas imediatas, também sinalizadas, é de prever uma gestão regular do fluxo da chegada de passageiros ao aeroporto de Lisboa durante o verão até ao limite de 1.850 passageiros”, considerou ainda o ministério.
O gabinete de José Luís Carneiro alerta, porém, que os picos superiores a 1.850 passageiros “darão sempre origem a algum tempo de espera, apesar das medidas de mitigação adotadas” no plano.
Recentemente, foram implementadas várias medidas imediatas, entre as quais o reforço do aeroporto de Lisboa com 25 inspetores do SEF – 55 no total em todos os aeroportos —, que se mantêm em funções até ao final da vigência do plano, e que contarão com reforços pontuais, através do recurso às escalas de prevenção e aos elementos a destacar pela Frontex.
“A partir de segunda-feira, iniciará um novo curso com 40 agentes”, adiantou o MAI, ao assegurar que mais de 100 agentes estarão no controlo de fronteiras dos aeroportos nas próximas semanas, sendo que este número de efetivos continuará a subir de forma gradual até 4 de julho.
O MAI refere ainda que as entidades gestoras do aeroporto de Lisboa procederam à melhoria das instalações utilizadas para controlo fronteiriço e que a ANA – Aeroportos iniciou o processo de contratação de recursos humanos para assegurar o acompanhamento de passageiros dentro do aeroporto, para evitar que cidadãos nacionais permaneçam nas filas, quando estão dispensados de controlo físico.
“A utilização dos sistemas ‘rapid’ e ‘rapid4all’ quase que duplicou, em comparação com os números no início do plano de contingência. Isto deve-se à possibilidade de os EUA e o Canadá poderem utilizar este sistema a partir do dia 15 de junho”, países que representam em média 25% dos passageiros que chegam a Lisboa, adiantou ainda o ministério.
Este plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos portugueses prevê uma série de medidas para vigorarem de junho a setembro de 2022.
Em 12 de junho, a ANA Aeroportos adiantou que tempos de espera na área das chegadas do aeroporto de Lisboa ultrapassaram as três horas nesse dia, devido à “insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”.
// Lusa