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Adolescente suicida-se na Malásia após sondagem no Instagram votar a favor da sua morte

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Uma adolescente, que esta semana publicou uma sondagem no Instagram a perguntar se devia morrer ou continuar a viver, suicidou-se na Malásia.

Uma jovem de 16 anos da Malásia, que esta semana publicou uma sondagem do Instagram a perguntar se devia morrer ou continuar a viver, suicidou-se depois de a maioria das respostas começarem a votar pela primeira opção. O caso, que já está a ser investigado pelas autoridades locais, deu origem a um debate nacional sobre o poder das redes sociais.

Ramkarpal Singh, advogado e membro parlamentar do estado de Penang, argumenta que os utilizadores que votaram a favor contribuíram para a morte da adolescente. “Há várias questões que surgem com este incidente. Será que a jovem estaria viva hoje se a maioria dos ‘cidadãos da net’, na conta de Instagram da jovem, a tivessem desencorajado a acabar com a sua própria vida?”, escreveu num comunicado, citado pelo Público.

“Apelo a que as autoridades, em particular o Ministério das Comunicações e Multimédia, a investigar as redes sociais das vítimas e as circunstâncias que levaram à sua morte, para prevenir abusos futuros das redes sociais em circunstâncias parecidas”, continuou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem alertado há já vários anos para os casos em que a Internet e as redes sociais dão uma “ideia glamorosa” do suicídio. “Há uma crescente preocupação sobre o papel suplementar que a Internet e os media desempenham na comunicação de casos de suicídio”, lê-se num relatório de 2014. Ao mesmo tempo, a organização lembra que a Internet pode também ter um papel na prevenção do suicídio.

Em fevereiro, o Instagram anunciou que ia começar a desfocar publicações com atos de automutilação com um aviso de alerta para o “conteúdo sensível” da imagem nítida. Os esforços da rede social surgiram após o suicídio da adolescente britânica Molly Russell, em 2017.

Os pais da jovem, que tinha apenas 14 anos quando acabou com a própria vida, acreditam que a morte foi causada pela exposição contínua a imagens sobre suicídio no Instagram.

Sobre este caso mais recente, Ching Yee Wong, uma das responsáveis da plataforma, apelou ainda a que todos os utilizadores “usem as ferramentas de denúncia do Instagram para contactar serviços de emergência quando detetam comportamento que coloque em risco a segurança das pessoas”.

Além disso, o Instagram realça que a sondagem (que a certa altura terá mostrado 69% de votos para a jovem morrer), acabou com 88% dos utilizadores a votar para a jovem continuar a viver. No entanto, as autoridades do país consideram que a votação poderá ter mudado depois de terem sido divulgadas notícias acerca da morte da jovem de 16 anos.

Syed Saddiq, ministro da Juventude e Desporto da Malásia, considera que este caso abre a discussão sobre a saúde mental na Malásia. No Twitter, o governante pediu que se comece  uma discussão nacional sobre o tema. “Estou genuinamente preocupado com a saúde mental da nossa juventude.”

O caso de Michelle Carter

Ramkarpal Singh lembrou o caso da norte-americana Michelle Carter, que em 2017 foi condenada a dois anos e meio de prisão por homicídio involuntário, depois de ter incentivado o namorado a comerter suicídio.

No entanto, no caso de Carter, a jovem de 20 anos foi condenada depois de terem surgido provas de que tinham trocado mensagem de telefone com o namorado, Conrad Roy, durante mais de 40 minutos enquanto este cometia suicídio por intoxicação com monóxido de carbono no interior de um carro, e que ordenou ao namorado “volta para dentro” quando este saiu do veículo.

“Não estou a sugerir que o incidente da jovem que se suicidou na Malásia é idêntico ao caso Carter, mas deve haver mais investigação para perceber exatamente o que é que aconteceu”, clarificou Singh.

ZAP //

22 Comments

  1. É simples… se baseiam-se nas redes sociais para ditarem o seu futuro, e não tem cabeça para pensar, apenas para fazer peso no corpo, pois acho que sim… vão todos em frente!!! Sigam os incentivos dos outros!!!!

    • Eu acho que tu, com suicídio ou não, devias tentar deixar de ser um triste apalermado!
      Até porque tu e a tua opinião são insignificantes e, coitado, nada consegues acrescentar nada ao assunto!…

    • Ora aí está o que interessa! Isso sim é que é falar!
      Voto a favor! Mas só para aí aos 99 anos. Até lá ainda quero continuar a pegar-me aqui com ele.

    • Caros companheiros de acesas discussões. Trouxeram à temática uma sondagem face à hipotética possibilidade de o Eu! ir ter mais cedo com o seu criador, muito embora ele não acredite nesta suposta figura superior.
      Pessoalmente acho que o Eu! deveria habitar este planeta mais alguns valentes anos. É fonte de boa disposição, de alegria, de vida e um permanente reconhecimento de que a raça humana é de facto estranha, no mínimo peculiar. Esta criatura comporta-se de forma selvática, errante, desprezando e espezinhando tudo o que lhe aparece à frente. É um brutamontes, do Minho, essa bela região. Mas com tanto de bela, faltaria um monstro… e ele aí está personificado na figura de uma árduo trabalhador da construção e manutenção naval, orgulho passado e atual do nosso país, que nos levou longe nos mares e no mundo. Um bem-haja a todos os que diariamente contribuem para essa nobre arte, aqui obviamente incluído o Eu!
      O Eu! é assim passado e presente de um povo que sempre procurou ir mais longe. E de facto o Eu! vai sempre longe de mais nos seus comentários. Muitas vítimas tive de ajudar a enterrar aqui pelo ZAP. Alguns caem logo moribundos ao primeiro contacto. Outros estranham, dão réplica a medo e caem num segundo assalto. Mas os melhores são os que despidos de preconceitos investem que nem touros na prosa redigida pelo Eu! Estes promovem encontros épicos, dignos de registar na melhor literatura dos conflitos bélicos a nível internacional. Longas páginas de comentários com o Eu! a fazer questão de ser sempre o último a vomitar sobre o assunto em causa.
      O Eu! é ainda um argumento de vulto na luta pelo aborto livre. Atentando à dimensão comportamental desta criatura poderemos admitir, mesmo votando por hábito no CDS, que o aborto nalguns casos é justificável e mesmo desejável do ponto de vista da sociedade.
      E o Eu! é também a prova viva que no processo de evolução da humanidade não intervém o processo de seleção natural na transmissão dos melhores genes às gerações seguintes. Se assim fosse, o Eu! não poderia existir em pleno século XXI. Mas como existe, deveremos mantê-lo, alimentá-lo, assegurar que esta bela espécie não segue o rumo da extinção. Procuro-o fazer sempre que possível. Mesmo quando até concordo com ele, faço questão de vestir a pele do diabo, só para o ver a vociferar.

      • Eh pah… foi lindo!!
        Crias-te aí uma bela personagem!..
        Isso é que é dedicação – talvez um pouco doentia, mas quase que merecias um autografo!
        Por pouco perdia isto (se não fosse o outro comentário abaixo, não teria voltado a esta notícia), mas valeu a pena!!
        Se não respondes aos meus comentários, não sou notificado de pérolas como esta.
        De qualquer modo, o importante é que te divirtas!

  2. Boa tarde,
    Lamentavelmente é isso mesmo…
    São todos inocentes e são todos culpados, contudo, daqui a uns anos, já nada importa mais porque os jovens de agora, e todos os adultos no futuro, estarão no mesmo alinhamento, o deles, da nova era, a “Era do Exterminador”…
    Mais casos irão aparecer, outras leis se irão fazer, o paradigma será bem outro, ainda bem que não estarei mais por aqui para presenciar o que agora é considerado aberração, mas no futuro não…. 🙂

  3. O título, na minha opinião, deveria ser:
    Adolescente estúpida, idiota, mentecapta, atrasada mental, etc., suicida-se na Malásia após sondagem no Instagram votar a favor da sua morte.
    E vai ser o estado a controlar as redes sociais de quem não tem cabeça?
    E os custos vão cair naqueles que não têm nada a ver com isto?
    Pobre mundo…

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