A adolescente sueca de 16 anos, Greta Thunberg, foi indicada para o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição à luta contra o aquecimento global.
“É uma honra e é muito bom ter sido nomeado para um prémio tão excecional”, disse, citada pelo jornal Aftonbladet, a jovem após ouvir a decisão, acrescentando que também sente o acontecimento como “algo inimaginável e um pouco estranho”.
Em agosto de 2018, Greta realizou uma greve de escola que consistiu em manifestar-se sozinha em frente ao parlamento sueco, anunciando que não frequentaria a escola até que o seu governo estivesse alinhado com o acordo de Paris sobre mudança climática em 2015.
Desta forma, ela inspirou muitos jovens dentro e fora do seu país e, desde então, participou de uma conferência da ONU sobre questões climáticas, bem como no Fórum de Davos.
Diagnosticada com Síndrome de Asperger, uma doença do espectro do autismo que afeta a capacidade de comunicação e de relacionamento, Greta Thunberg não parece encaixar neste perfil. Ela está habituada a falar sem papas na língua em grandes palcos mediáticos, em prol de políticas ambientais que ajudem a salvar o nosso planeta.
Na Suécia, tem criticado os responsáveis políticos por não respeitarem o Acordo de Paris para reduzir a emissão de gases poluentes.
Em Davos, Greta já tinha criticado o facto de muitos dos presentes na cimeira se terem deslocado em jactos privados para “discutir alterações ambientais”. Ela deixou de andar de avião e fez questão de se deslocar da Suécia até à Suíça de comboio, para proteger o ambiente.
Em agosto de 2018, lançou um movimento de greve às aulas que começou a ser imitado em vários países do mundo por outros jovens. Greta começou a faltar às aulas todas as sextas-feiras, manifestando-se, nomeadamente, junto ao Parlamento sueco, para alertar os políticos do país para o problema do clima.
Este movimento intitulado “Skolstrejk för klimatet” (“Greve da escola pelo clima”) gerou uma onda de protestos por todo o mundo de estudantes que fazem greve às aulas para protestarem contra a inação dos Governos perante o dilema das alterações climáticas.