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Administradores executivos do BPI renunciam aos bónus

Shatabisha / Wikimedia

Depois de já ter suspendido a distribuição de dividendos, o BPI anunciou que não vai pagar prémios de desempenho aos administradores de topo.

Os gestores do BPI preparavam-se para receber os bónus referentes ao trabalho desempenhado em 2020, mas a pandemia de covid-19 levou os membros do conselho de administração a abdicarem dos prémios, avança esta sexta-feira o ECO.

Em comunicado, o banco liderado por Pablo Forero refere que “esta decisão surge em coordenação com uma iniciativa similar anunciada hoje [quinta-feira] pelo CaixaBank”.

O BPI já tinha decidido suspender o pagamento de dividendos correspondentes ao exercício de 2020. O banco, que tinha anunciado a entrega de 117 milhões ao acionista Caixabank, diz que o impacto da pandemia “na economia global, que se espera de curta duração, mas com efeitos severos”.

O banco liderado por Pablo Forero não identifica qual o valor que é pago em prémios de desempenho, mas sabe-se que a remuneração é variável e depende do desempenho “num determinado exercício”, sendo normalmente decidida no primeiro semestre do ano seguinte.

O Expresso sublinha que ainda não há relatório e contas relativo a 2019, mas estima-se que o valor máximo que, segundo a política de remuneração, pode ser atribuído em forma de bónus é de 1,4 milhões de euros (a remuneração fixa, pela sua parte, ascendeu, em 2018, a quase 5,9 milhões).

Estas medidas seguem em linha com o que têm feito outros bancos e com as recomendações do Banco Central Europeu (BCE).

Andrea Enria, presidente do conselho de supervisão do supervisor europeu da banca, pediu “extrema moderação” nos prémios pagos aos gestores de topo, depois de já ter pedido “prudência” no pagamento de dividendos.

ZAP //

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