“Adeus, Santorini”. Turistas e habitantes fogem à medida que os terremotos se intensificam

Orestis Panagiotou / EPA

Terramoto em Santorini, Grécia

Milhares de habitantes estão a fugir de Santorini depois de terem sido registados centenas de sismos perto da ilha grega nas últimas 48 horas.

Nos últimos dois dias, foram registados mais de 300 sismos ao largo de Santorini. Os especialistas dizem que os tremores registados no Mar Egeu, a nordeste da ilha grega, podem continuar durante as próximas semanas.

Entretanto, quase 10.000 pessoas já abandonaram Santorini desde domingo, estando, como refere a BBC, prevista para esta terça-feira, a partida de mais voos de emergência.

O terramoto de maior magnitude registado até agora foi um 4,9 na escala de Richter. No entanto, não foram registados danos graves, até ao momento, apesar de estarem a ser tomadas medidas de emergência por precaução.

As autoridades encerraram as escolas e advertiram contra a realização de grandes concentrações em recintos fechados, naquela ilha com cerca de 15.000 habitantes.

Como relata a Reuters, fogem os turistas, mas também os habitantes da ilha. Na manhã desta terça-feira, centenas de pessoas fizeram fila num porto, para embarcar num ferry que partiria para o continente.

“Está tudo fechado. Ninguém trabalha agora. Toda a ilha foi esvaziada“, disse um residente local de 18 anos à Reuters antes de embarcar no navio.

Kostas Sakavaras, um guia turístico que vive em Santorini há 18 anos, deixou a ilha com a mulher e os filhos na segunda-feira: “Considerámos que seria uma melhor opção vir para o continente por precaução, até que as escolas voltem a reabir”, disse à BBC.

Já o Presidente da Câmara de Santorini, Nikos Zorzos, garantiu que a ilha está preparada para uma atividade sísmica que pode durar muitas semanas. Para já, estão a ser elaborados planos para construir abrigos e fornecer alimentos à população caso surjam tremores maiores.

Com a atividade sísmica a manter-se intensa na região, as autoridade estão em alerta não só para Santorini, mas também para Amorgos, Anafi e Ios.

As autoridades gregas afirmaram que os tremores recentes estavam relacionados com os movimentos das placas tectónicas e não com a atividade vulcânica.

Santorini situa-se no Arco Vulcânico Helénico e é famosa pela sua caldeira – uma cratera em forma de taça causada por uma erupção vulcânica – que foi formada por uma das maiores explosões conhecidas há cerca de 3.600 anos.

O último grande terramoto em Santorini – com uma magnitude de 7,5 – ocorreu em 1956, matando pelo menos 53 pessoas.

ZAP //

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