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Açúcar subiu de 89 cêntimos para 1,49€ (de um dia para o outro, em quase todo o lado)

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A subida dos preços de bens essenciais de consumo continua a fazer-se sentir, arrastada pela inflação — e alimentando-a. Esta semana, os consumidores foram surpreendidos com uma subida de quase 70% do preço do açúcar na generalidade dos hipermercados.

O preço de um pacote de açúcar “marca própria” subiu esta semana abruptamente, na maior parte dos hipermercados, para 1.49€.

O aumento face ao preço de 0.89€ da semana passada (valor que o ZAP não conseguiu confirmar), representa uma subida de 67.4% no custo para o consumidor.

Esta subida abrupta está a ser debatida nas redes sociais, onde os utilizadores estão  a apontar os preços que encontram nas prateleiras, e a comparar preços entre os diferentes hipermercados.

Na comunidade “Mercadona Portugal“, um grupo fechado com 166 mil membros destinado à “partilha de produtos Mercadona“, uma utilizadora lançou esta quinta-feira o alerta.

“Olá boa tarde alguém hoje fez compras e trouxe açúcar??? Um hipermercado está a vender quilo 1.49???”

Nas mais de duas centenas de respostas ao post, os utilizadores comentam que o preço do açúcar não se verifica apenas no Mercadona. O açúcar subiu também para 1.49€ pelo menos no Continente, Lidl e Aldi.

“Ontem fui ao Continente com a minha mulher e estava um artigo na prateleiras com o preço de 1.40, e na caixa o preço era 2.30”, comenta também um dos utilizadores.

A aparente subida abrupta não se verifica em todos os hipermercados. Segundo os utilizadores do grupo, o preço do açúcar no Pingo Doce, por exemplo, mantém-se a 0.89€/kg.

Numa consulta rápida, o ZAP confirmou que o quilo de açúcar marca própria em loja (no Continente de Matosinhos) e no site do Continente está esta sexta-feira marcado a 1.49€, e que no site do Pingo Doce o açúcar marca própria está, também esta sexta-feira, a 0.89€.

Segundo a Valor Negócios, a pior seca em 500 anos está a afetar a produção de açúcar na Europa, cuja produção deve cair 6,9% em 2022/23, para 15,5 milhões de toneladas.

Mas uma subida de 67% nos preços de produtos marca própria, ao mesmo tempo em pelo menos três grandes superfícies, exatamente na mesa altura, exatamente para o mesmo valor, parece estranha.

O ZAP procurou saber junto da Direção de Marketing de uma destas marcas qual o mecanismo de fixação de preços que explica esta coincidência, e por que motivo pelo menos uma outra marca mantém o preço do açúcar inalterado — sem que, à hora desta edição, tenha obtido resposta.

O açúcar é o mais recente produto de consumo a registar uma subida acentuada nos últimos meses — subidas explicadas até agora por uma inflação galopante, alimentada pela pandemia de covid-19, Guerra da Ucrânia e perspetivas de uma crise económica mundial.

Mas, recentemente, o CEO de uma empresa norte-americana admitiu publicamente que rezou pela inflação para ter uma desculpa para aumentar ainda mais os preços.

E este desejo secreto, pensarão certamente os consumidores, poderá estar a estender-se aos CEOs de muitas outras empresas por todo o mundo.

AJB, ZAP //

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9 Comments

  1. Mais do mesmo !!!! A autoridade da concorrência está super atenta e irá como de costume encontrar uma desculpa para justificar tais aumento e de forma indireta a sua incompetência.

    • Um determinado produto para lavagem de louça na máquina, aumentou cerca de 2,50 euros em quatro dias! O valor, sem promoção, era 27,49. Com promoção, 10,99 euros. Verificados os aumentos, sem promoção, está a 29,99 euros. Com promoção de 50 por cento, fica a 14,99 euros. E a quantidade é a mesma: cem pastilhas da louça, da marca SUN.
      As ervilhas aumentaram dez cêntimos. Do leite, nem se fala. Pão, e tudo isso…
      Mais vale começar a comprar quase tudo de marca branca… mas até isso fica caro. O Governo deveria aceitar a proposta do Chega, para todos termos direito a 125 euros durante todo o ano 2023… a inflação vai continuar a subir, parece que todos se esquecem disso.

  2. Açucar da Ucrânia? Quem te enfiou o ganso?
    Concordo que todos os patrões estejam a aproveitar a onda, e por arrasto sobem os preços, ou sobem mais do que deviam, mesmo que não tenham justificação para aumentar já.
    Mas ninguém fiscaliza, e quando fiscalizam, só serve para justificar os aumentos.
    Veja-se o escândalo dos combustiveis. Começou a guerra e o preço dos combustiveis disparou, porque o petróleo chegou aos 130 dólares. Hoje os preços estão quase na mesma e o petróleo não chega aos 90 dólares. Quem está a ensacar o lucro?

  3. Sem ir ao açucar, vejam o preço do leite que aumentou de 48 cêntimos marca de loja, para o absurdo de 82 cêntimos praticamente o dobro isto desde que falam na guerra foram 3 aumentos consecutivos e posso comparar pois tenho as facturas em e-mail

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